Campanha ‘Laço Branco’ diz não à violência contra mulheres

Deputada Conceição Sampaio(PP), abre a Campanha Laço Branco

Deputada Conceição Sampaio(PP), abre a Campanha Laço Branco


Deputados Conceição Sampaio e Josué Neto/Fotos(2): Elisa Maia

Foi aberta, ontem (06), a campanha do ‘Laço Branco – Homens pelo fim da violência contra a Mulher’, como parte importante da programação da campanha mundial dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, com a participação dos deputados Conceição Sampaio, e do presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, Josué Neto, da senadora Vanessa Grazziotin, e de representantes de diversos movimentos de mulheres e órgãos do poder público com serviços voltados para a causa.

Na ocasião a Procuradora Especial da Mulher no Senado, senadora Grazziotin, lançou a campanha “Homem de Verdade não Bate em Mulher”, para destacar a participação dos homens no combate à violência contra as mulheres. A campanha é uma iniciativa do Banco Mundial, em parceria com diversas entidades ligadas ao movimento feminista no Amazonas.

A sessão especial contou com a participação da secretária executiva de Políticas para Mulheres do Amazonas (SEPM/AM), Márcia Álamo; da vereadora Socorro Sampaio (PP), representante da Câmara Municipal de Manaus (CMM); da procuradora chefe do Ministério Público Federal, Tatiana Almeida de Andrade Dorneles; do desembargador Elcy Simões, representante do Tribunal de Justiça (TJAM); e do vice-presidente da OAB/Amazonas, Marco Aurélio Choy.

Poder Legislativo

A deputada Conceição Sampaio explicou que a Campanha do Laço Branco faz parte dos 16 dias de Ativismo, quando marca também o dia 6 de dezembro, dia do Massacre de Mulheres de Montreal, e tem um significado muito importante, por ser o momento em que os homens assumem o compromisso pelo fim dessa violência que mata mulheres em todos os estados do Brasil. “E o Poder Legislativo mais uma vez participa desse momento. A Assembleia Legislativa tem sido protagonista nesse processo, desde 2007, estamos engajando esta Casa Legislativa, que representa o povo do Amazonas, para combatermos um mal que hoje atinge as famílias do nosso país”, ressaltou a parlamentar.

E enfatiza que campanha requer a participação de todos, homens e mulheres, para dar uma basta à violência doméstica. “E hoje os homens dão esse ‘basta’ à violência contras as mulheres, por meio de sua atitude, dizendo não a violência e, principalmente, construindo uma sociedade mais igualitária e mais fraterna. E como diz o tema da campanha nacional ‘Homens de Verdade não batem em mulheres”, reforçou.

Conforme a análise da deputada Conceição Sampaio, por muito tempo a mulher ficou em silêncio em relação à violência doméstica familiar: “E hoje quebramos esse silêncio. Hoje a Lei 11.340, a Lei Maria da Penha, sancionada em 2006, obriga os governos estaduais e municipais a criar uma rede de enfrentamento a essa violência e todas essa rede faz com que a mulher se sinta mais encorajada a quebrar esse silêncio, a procurar uma delegacia e registrar uma queixa”.

“O Poder público tem demonstrado nos últimos anos muita preocupação com relação a essa questão, não é à toa que tanto o Poder Judiciário quanto o Poder Executivo já apresentam diversas ações concretas, por meio das delegacias especializadas e dos dois juizados no Amazonas”, declarou o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Josué Neto, e acrescentou que essa campanha vem num momento importante para a criação de uma conscientização ao combate da violência contra a mulher, principalmente a violência doméstica, pois os maiores índices são dentro de casa.

Josué Neto também destacou a participação do Poder Legislativo em todas as esferas: “O parlamento brasileiro, por meio da senadora Vanessa Graziotin, da propositura da deputada Conceição Sampaio, bem como dos demais deputados estaduais da Casa, estamos todos contribuindo com esse momento que o Brasil vive de conscientização da sociedade e para dizer não a violência contra a mulher”, frisou o presidente.

Luta de homens e mulheres

A senadora e procuradora Especial da Mulher no Senado, senadora Vanessa Grazziotin, declarou sua alegria de estar desenvolvendo essa campanha, que tem objetivo o combate a violência que infelizmente a mulher sofre, sobretudo a violência doméstica. “E o foco dessa campanha do Laço Branco são os homens, que precisam se conscientizar de que o melhor dos mundos é o que se vive em paz, e que o machismo leva a morte”, destacou Vanessa.

Ao cumprimentar todos os parlamentares, sobretudo o presidente Josué Neto e a deputada Conceição Sampaio, pela iniciativa, a senadora Vanessa informou que, ontem, no Congresso Nacional, realizou o lançamento da campanha no Plenário da Câmara dos Deputados, com a presença ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres Eleonora Menegucci.

“A luta das mulheres não é uma luta só das mulheres. É uma luta dos homens também”, enfatizou a senadora ao falar do objetivo da campanha, o de que os homens não apenas posem para a fotografia, mas que no cotidiano entendam que a mulher não é um objeto, que a mulher é um ser humano como eles, e destacou que “amor e ciúme todos temos, mas temos de dominá-los para que sempre floresça como solidariedade, como carinho e jamais com o ódio”.

“Nós temos umas das melhores leis do mundo no enfrentamento da violência doméstica, que é a Lei Maria da Penha”, avaliou a senadora,  entretanto, explicando que, é uma lei ainda em processo de construção de sua aplicação. “É uma lei completa, que não trata apenas a punição, ela trata a prevenção e o tratamento de todos os envolvidos, sejam as mulheres vítima da agressão, os seus filhos, a sua família, como os próprios agressores. Mas é uma lei que precisa de um grande amparo público e estatal”, disse ela, ao apontar a necessidade de casas de abrigo, da contratação de profissionais preparados para esse tratamento, da formação de homens e mulheres para o trabalho, bem como o acompanhamento psicológico e psiquiátrico dos envolvidos.

Na História

No dia 6 de dezembro de 1989, o estudante de origem argelina e franco-canadense Marc Lépine, declarou seu ódio contra as mulheres ao invadir armado uma classe de engenharia mecânica na Escola Politécnica de Montreal, Canadá, onde estudava. Mandou que os homens se retirassem e começou a gritar e a atirar contra as mulheres. Lépine continuou o massacre em outras partes da Faculdade, matou 14 mulheres e feriu outras 13. Nascido com o nome de Gamil Gharbi, Lépine mudou seu nome em rebeldia contra o pai. Ele teria continuado o massacre, mas alguém no prédio acionou o alarme de incêndio, o que provocou correria. Para não ser apanhado vivo pela polícia, já acionada, o assassino apontou seu rifle contra a cabeça e acionou o gatilho.

Artigo anteriorReajuste do magistério ameaça finanças dos municipios do AM
Próximo artigoEmendas de Vilma Queiroz à LO irão para infraestrutura e Cultura

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui