

O Projeto de Lei n.º 74/2014, que institui a campanha permanente de conscientização contra o ‘Cyberbullying’, no município de Manaus, foi aprovado, nesta terça-feira (3) na Câmara Municipal de Manaus (CMM) e vai à sanção do prefeito Arthur Neto.
De autoria da vereadora professora Therezinha Ruiz (DEM), o PL visa conscientizar a população a combater essa forma de intimidação, que se utiliza da Internet para expor pessoas em situações constrangedoras. “Antigamente, ouvíamos muito falar apenas do Bullyng na escola, o problema que hoje eles usam a internet pra praticar tais intimidações, o que aumenta o constrangimento, já que muitos outros terão acesso”, disse.
De acordo com a parlamentar, o tema requer uma atenção maior do poder público, no intuito de coibir essa prática. “Geralmente, os casos de Cyberbullying são registrados entre pessoas de grupos de mesmo convívio, até pela facilitação de informações pessoais que esses grupos têm uns dos outros. Se tivermos uma campanha permanente haverá uma maior consciência em torno do assunto”, comenta Therezinha.
A campanha pode ser realizada por diversos órgãos públicos municipais, estaduais e federais, instituições privadas, principalmente em escolas, uma vez que o Ciberbullying deriva do Bullying, passando da intimidação pessoal para à Rede.
Ainda segundo Therezinha, as pessoas que passam por esse constrangimento adquirem outros traumas. “Não é só a questão de ter a vida particular exposta na Internet. Em muitos casos, a pessoa chega até se matar por conta da situação constrangedora que ela foi posta. Um dos casos que ficou mundialmente conhecido foi o da canadense Amanda Todd, que se suicidou após ter uma foto íntima divulgada em uma rede social”, destaca a parlamentar.
CYBERBULLYING
Uma em cada cinco crianças afirmam terem sido vítimas de cyberbullying em rede sociais durante o ano passado – com intimidações tão graves quanto estupro e violência sendo feitas. Uma pesquisa da associação britânia National Society for the Prevention of Cruelty to Children (NSPCC) mostra ainda que 10% dos jovens entre 11 e 16 anos tem sido alvo diário de “trolls” na internet. A organização clamou por estratégias destinadas à proteção das crianças antes que a situação “fuja do controle”. As informações são do The Guardian.