Tem candidato a governo do Estado, nas eleições complementares desse 2017, com mapa e estatísticas de pesquisas encomendadas em mãos, garantindo que ele é o vencedor de um processo que nem começou a se definir e já está comprando o terno da posse.
A certeza de vitória é tanta, que no final da semana passada, um candidato indicado por um senador e um deputado, ambos arrolados em denúncias de recebimento de propinas e citados na Operação Lava Jato, já estava selecionando o seu secretariado. Todos com mais de 60 anos.
É certo que, é preciso ganhar em 2017, para garantir a vitória no pleito em 2018. Mas justificar candidaturas de antigos donos de currais eleitorais, em um momento que o eleitorado clama por rejuvenescimento do executivo e do parlamento, é acreditar que cada um conduz a sua política de acordo com a sua agonia.
No cenário que se impõe hoje, lançar uma candidatura com cara, voz e “indisposição” de quem já foi bom na década de 80, é o mesmo que acreditar que a velha política do voto de cabresto está de volta.
No dia 01 de junho, foi publicada a pesquisa de número 365 do empresário Durango Duarte. Nela, o senador Eduardo Braga aparece em queda live, com 22% das intenções de votos (esse número já é bem menor), em seguida vem Marcelo Ramos com 18,7% e Amazonino Mendes com 18,5%.
Evidente, que a pesquisa nada tem a ver com a realidade imposta duas semanas depois, mas esse é o motivo da traição do senador Omar Aziz (PSD) aos seus colegas de partido e de Pauderney Avelino (DEM). Os dois apostam, em uma candidatura pulverizada pelo tempo. Mais, estão induzindo o velho cacique a acreditar que o “povo” o está chamando de volta. Tudo para garantir a suas permanências na política em 2018.
