
O escândalo envolvendo secretários do governo do Amazonas e o crime organizado no Rio Grande do Norte tem semelhanças. São crimes eleitorais que serão apurados pela Justiça Eleitoral, Ministério da Justiça e outras instâncias, mesmo depois das eleições .
É o que afirma o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ao dizer que a Pasta está atenta aos casos de corrupção e organizações criminosas nas eleições de 2024 e que os crimes serão apurados e punidos.
Crime organizado
O ministro manifestou a preocupação com o interesse do crime organizado em se infiltrar no poder público por meio das eleições municipais. Essa suspeita paira sobre as eleições municipais em Parintins, onde possível organização criminosa está tentando influenciar o voto do eleitor, para colocar um de seus representantes na cadeira de prefeito.
“Estamos de olho em toda a trajetória dos candidatos, muitos já foram barrados. E se descobrirmos novos casos de crimes eleitorais após a eleição, certamente esses candidatos não tomarão posse”, afirmou.
A declaração do ministro foi dada durante entrevista ao programa ‘Bom Dia, Ministro’, produzido pelo governo federal.
Militares no flagrados
Em Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), secretários do governo do Amazonas e policiais militares foram flagrados em uma reunião supostamente planejando ações ilícitas para beneficiar Brena Dianná. Ela concorre ao cargo de prefeita de Parintins e é candidata do governador Wilson Lima.
Inquérito
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) instaurou inquérito para investigar o caso. A situação configura improbidade administrativa, além de tutela coletiva da segurança pública.
No Amazonas (Parintins), não aconteceu igual ao Rio Grande do Norte onde um candidato foi assassinado durante as eleições de 2024, na cidade de João Dias, no Alto Oeste, mas é tão grave quanto qualquer crime eleitoral.
No caso do Rio Grande do Norte, o prefeito Marcelo Oliveira (União Brasil), que buscava a reeleição, foi assassinado junto com o pai dele, Sandi Oliveira, no dia 27 de agosto, durante uma atividade política. Pelo menos quatro suspeitos foram presos.