“Carnívoras” estreia amanhã em cinco capitais

Irmãs atrizes brigam em cena de "Carnívoras"/Foto: Divulgação

Integrante do Festival Varilux de Cinema Francês desse ano, “Carnívoras” estreia amanhã, dia 13, em Brasília, Florianópolis, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Com distribuição da Bonfilm, o longa é o primeiro dirigido pelos irmãos belgas Jérémie e Yannick Renier, ambos atores. E mostra a relação conflituosa de duas irmãs atrizes, que tem percursos opostos nas suas carreiras e nas vidas pessoais. E, quando passam a morar juntas, essas diferenças e rivalidades se acentuam e acabam por interferir na vida de ambas. Para assistir ao trailer, clique aqui: https://youtu.be/cf35mikyECQ.


O tema dos irmãos inimigos, explorado em “Carnívoras”, reflete a própria experiência dos irmãos Yannick e Jérémie, ambos atores, um com uma carreira mais consolidada do que o outro. Jérémie e Yannick sempre tiveram vontade de trabalhar juntos como diretores. A ideia para o roteiro original surgiu após um acontecimento vivido pelos dois. Em uma viagem de divulgação de um filme no qual contracenavam, Jérémie, o caçula que alcançou sucesso mais cedo, recebeu um telefonema e, por causa disso, Yannick o ajudou com sua bagagem. Ele relembra: “Quando desliguei, eu vi toda a equipe do filme nos observando como um clichê vivo: o ator de cinema seguido por seu irmão mais velho e menos conhecido, cheio de bagagem de ambos. Foi tão patético quanto hilário porque não reflete em nada a natureza do nosso relacionamento. Mas essa anedota foi a inspiração para o tema do filme”.

Irmãs atrizes brigam em cena de “Carnívoras”/Foto: Divulgação

Diretores

Jérémie Renier começa sua carreira de ator com 10 anos. Seu papel forte em “A Promessa”, dos irmãos Dardenne, em 1996, o torna conhecido. Em 1999, atua em “Os Amantes Criminais”, de François Ozon e, depois, estrela tanto grandes produções, como “O Pacto dos Lobos” (2001) quanto filmes independentes, como “Violence des échanges en milieu tempéré” (2002). Estoura, em 2004, no filme dos irmãos Dardenne “A Criança”, que ganha a Palma de Ouro do Festival de Cannes. Em 2008, Jérémie está em cartaz em três filmes dirigidos por grandes nomes do cinema, “Horas de Verão”, de Olivier Assayas, “O Silêncio de Lorna”, dos irmãos Dardenne e “Culpado”, de Laetitia Masson.

Em 2012, atua em dois longas-metragens muito diferentes: faz o papel de um assassino consumido pelo ciúme em “Possessions”, de Eric Guirado, papel pelo qual engorda 18 quilos. No mesmo ano, Jérémie se transforma no cantor pop Claude François, no filme de Florent Emilio Siri “My Way – O Mito Além da Música”.

Em 2013, filma com Jean-Baptiste Andréa o suspense “La Confrérie des Larmes”. No ano seguinte, está em cartaz no filme “Saint Laurent”, no qual encarna o amante do costureiro, Pierre Bergé, papel pelo qual é indicado ao César de Melhor Ator Coadjuvante. Rénier é visto no mesmo ano no drama “Le Grand Homme” na pele de um legionário esquentado que tem dificuldade em achar seu lugar na sociedade. Em 2017, filma novamente com Ozon, no papel principal de “O Amante Duplo”.

Yannick Renier é formado em teatro e passa a ser conhecido pelo público belga em 2006, graças a sua participação na série para televisão “Septième Ciel”. Os cinéfilos o notam em “Nue Propriété”, de Joachim Lafosse, um filme intenso, apresentado a portas fechadas na Mostra de Veneza. O cinema independente francês não demora a ficar atraído por esse belo moreno meio sombrio. Visto em filmes de Christophe Honoré e Laetitia Masson, Yannick Rénier encarna o companheiro de Laetitia Casta em “Nascidos em 68”, de Ducastel e Martineau. Em 2009, faz um papel pequeno em “Bem-vindo”, no qual interpreta o namorado do filho da família em “Une Petite Zone de Turbulences”, e se vê no meio de um road-movie iniciático em Plein sud, de Sébastien Lifshitz. É visto novamente em 2017 no muito aplaudido “Patients”, dirigido pelo slammer Grand Corps Malade.

Sobre a Bonfilm

Além de distribuidora, a Bonfilm é realizadora do Festival Varilux de Cinema Francês, que em sua última edição, em 2018, esteve em quase 90 cidades. Em 2017, contou com um público de 180 mil pessoas, tornando o maior festival de cinema francês do mundo e comprovando sucesso de público e mídia. Em 2018 manteve a mesma média. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival de filmes ópera “Ópera na Tela”.

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