A participação popular em uma carreata no domingo (12), para pedir o impeachment do governador Wilson Lima, teve dedo das mãos e dos pés de políticos da oposição. Ou seja, é uma daquelas manifestações imorais coordenadas e pagas por grupos, com o intuito de dar volume ás suas propostas de moralidade, mesmo alguns deles estando comprometidos até o pescoço com a justiça dos homens.
Vejam a gravidade dos fatos: De um lado temos um grupo de apoiadores coordenado pelo governador Wilson Lima, com algo em torno de 15 deputados estaduais e do outro lado da corda, o grupo de opositores capitaneados pelo deputado estadual Dermilson Chagas e mais uma ‘meia dúzia de quatro deputados’, a maioria acusada de corrupção. Que ainda não foram para a cadeia por causa do maldito fórum privilegiado.
Logo, pode-se observar que, não existe uma luta pela moralidade na politica, e sim, uma luta por interesses particulares e pelo direito de usar a chave do cofre. Inda mais que, todos que estavam na dita carreata tinham carros e carrões importados. Onde é mesmo que estava o povo?
Saído das profundezas
De qual profundeza saiu um tal de Coronel Rossi, o mais novo organizador do dito ‘ato popular?’. E olha que sou militante politico há 40 anos, mas nunca na minha trajetória tinha escutado alguém mencionar este nome. De qual grupo politico pertence este dito coronel? A carreata provavelmente patrocinada saiu da Avenida das Torres, V8, Torquato Tapajós e terminou na Ponta Negra, para mostrar volume.
Coronel arranhando a pérola
“Esteja conosco, porque é fácil torcer pela seleção brasileira, vir pra rua pelo presidente Bolsonaro. O que a gente quer agora é a população aqui do lado do povo, perante esse Governo que está mamando gente, indiscriminadamente”, disse o coronel sem dizer exatamente o que pretendia dizer ou, simplesmente não disse porque não sabia o que queria dizer.
Algo como: não sei porque estou aqui, mas já que estou, deixa eu falar qualquer abobrinha que o povo já foi pago para aplaudir.
Eu posso até participar desses eventos políticos em Manaus, como este do dia 12 último, mas tenho uma condição: só se este evento não for patrocinado ou promovido por pessoas ligadas a grupos políticos verdadeiramente comprometidos com a justiça.
Se surgir uma nova liderança politica, que queira o bem do povo e a moralidade na politica aí eu estou dentro.
*Paulo Onofre é assessor parlamentar e cronista social