
A Carta de Belém passa pelos últimos ajustes durante a Cúpula da Amazônia. O texto está em análise pelos ministros de Meio-Ambiente e de Relações Exteriores nesta segunda-feira (7) na capital do Pará.
A principal divergência é sobre a exploração de combustíveis fósseis na região. Para evitar conflitos, o assunto deverá ser lateral na Carta de Belém. Haverá menção de que será necessário que projetos de infraestrutura tenham “respeito a critérios socioambientais” e “consulta prévia a populações tradicionais”.
Outra divergência é sobre o cumprimento de metas de desmatamento. O Brasil pretende que os demais países incorporem a meta de desmatamento zero até 2030, mas há rejeição a proposta.
“Temos que olhar como uma declaração muito ambiciosa”, explica a secretária-geral da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Maria Alexandra Moreira.
O governo debate internamente a possibilidade de explorar petróleo na chamada margem equatorial, uma faixa de 1100km que vai do Amapá ao Ceará. Neste sábado houve protestos em Belém contra a possibilidade de explorar petróleo na Amazônia.