Casos de sífilis aumentam 41,77% no Amapá

O número de casos de sífilis adquirida entre adultos teve um salto expressivo nos últimos seis meses de 2015 no Estado. Dados do Centro de Referência em Doenças Tropicais (CRDT) e do Serviço de Assistência Especializada do Estado (SAE) mostram um aumento de 41,77%. Nesse mesmo período, em 2014, foram registrados 158 casos; e quase dobrou em 2015, quando foram notificados 224 casos de pessoas infectadas com a doença.


No entanto, o número de pessoas infectadas pode ser ainda maior devido à recusa e o medo fazer o teste. Por isso, o CRDT, assim como SAE, pretendem intensificar as ações incentivando a população para realização do teste rápido e o uso do preservativo.

De acordo com a enfermeira responsável pela realização dos testes rápidos do CRDT, Tereza Cristina Chucre, o aumento da sífilis está ligado à diminuição do uso da camisinha e às melhorias no diagnóstico, principalmente com a reativação do teste rápido. “O teste rápido é realizado no CRDT, SAE e Unidades Básicas de Saúde, basta o paciente procurar a unidade de testagem rápida. É importante que cada vez mais as pessoas tenham consciência de quanto mais cedo o diagnóstico, melhor. A sífilis, se não cuidada, pode desenvolver lesões no coração, baço e pele”, esclareceu.

A faixa etária com maior incidência da doença é de 18 a 49 anos. Tereza Cristina explica que isso acontece porque a sífilis é uma doença que pode ficar anos sem apresentar nenhum sintoma. As estáticas estaduais mostram que entre o público em geral, a incidência maior é entre os homens.

Das notificações registradas de janeiro a junho de 2015, foram constatados 108 casos, de acordo com informações do SAE e CRDT. Em 2014, no mesmo período, foram 86. Quanto que em mulheres houve um aumento em 2015, quando foram registrados 116 casos; em 2014, os dados notificados foram 72.

“A falha que ocorre entre os homens é porque ele não está convencido da necessidade de fazer o exame e o tratamento, quando eles procuram o CRDT, a doença já está no estágio curativo – fase em que o agente causador já penetrou nos órgãos internos”, disse a enfermeira.

O tratamento é simples e eficaz, consiste em injeções de penicilina benzatina, medicamento conhecido pelo nome comercial de Benzetacil. Atualmente, a droga está escassa no país por conta de matéria-prima, porém, o crescimento da doença não tem relação com o desabastecimento da droga e sim com o descuido no uso da camisinha.

Fonte: Diário do Amapá

 

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