
Um grupo de cerca de 30 jornalistas saiu em passeata, ontem, domingo (14), à tarde, para protestar contra as agressões contra integrantes da categoria registradas nos últimos dias em Manaus.
As agressões foram contra o repórter fotográfico Clóvis Miranda, do Jornal A Critica, e Mairkon Nazário, do jornal Amazonas Em Tempo.
Repórteres, fotógrafos, editores e amigos dos dois jornalistas saíram em carreata no domingo a tarde, rumo ao calçadão da Ponta Negra. Com faixas e cartazes, grupo que clamava por Justiça, por respeito, em defesa da liberdade de ir e vir, Liberdade de imprensa, e o direito de exercer a profissão.
Clóvis Miranda foi algemado e exposto, por um funcionário do Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran), na terça-feira de Carnaval, durante a Banda do Galo, na Avenida das Torres, na Zona Leste da cidade. A humilhação continuou com os policiais militares que além de tomarem o celular do jornalista, usaram e editaram as imagens para tentar desmoralizar o jornalista, mas não conseguiram.
O outro episódio envolveu o jornalista Mairkon Nazário que foi ameaçado com uma pistola e agredido por um policial militar reformado de 54 anos.
Durante a manifestação de ontem na Ponta Negra, representantes do Sindicato dos Jornalista lembraram que houve sim exageros por parte dos policiais ao algemarem e exporem Clóvis Miranda: “Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.


As manifestações irão ter continuidade.