CCJ adia análise sobre anistia a condenados por atos de 8 de janeiro

Foto: Reprodução/Agência Brasil

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados adiou, nesta quarta-feira (11), a análise do projeto de lei que concede perdão a presos e condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi postergada para a primeira semana após as eleições municipais. Além da anistia, o projeto propõe a extensão das multas aplicadas pelo STF.


A presidente da CCJ, deputada Caroline De Toni (PL-SC), justificou o adiamento alegando que a proposta estava sendo usada de forma “política”, prejudicando o andamento da comissão. Ela afirmou que a maioria dos deputados de direita considerou mais oportuno adiar a análise para outubro.

Na terça-feira (10), a sessão foi interrompida pela ordem do dia no Plenário. O projeto de anistia abrange:

  • Detidos por bloqueios de estradas e acampamentos em frente aos quartéis.
  • Financiadores, organizadores ou apoiadores dos atos, incluindo manifestações em rodovias e unidades militares desde 30 de outubro de 2022.

A anistia também se aplica a restrições impostas pela Justiça Eleitoral ou comum devido a processos. No entanto, não cobre crimes como:

  • Tortura;
  • Tráfico de drogas;
  • Terrorismo;
  • Crimes hediondos;
  • Crimes contra a vida;
  • Danos ao patrimônio histórico e à propriedade alheia;
  • Lesão corporal;
  • Incêndio com risco à vida.

O relator, Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), propôs que pessoas físicas e jurídicas que financiaram os movimentos só sejam punidas se for comprovado dolo direto e nexo causal entre o auxílio e as condutas ilegais.

O projeto ganhou força no Congresso em meio à tensão entre os Poderes Legislativo e Judiciário, com parlamentares argumentando que o STF tem invadido as competências do Congresso.

Fonte: R7

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