Centro de Reabilitação em Dependência Química já atendeu 153 pessoas

No Amazonas, são três as portas que as pessoas com dificuldades financeiras têm para buscar apoio no enfrentamento dos problemas provocados pelo uso de drogas: policlínicas especializadas, o Serviço de Atendimento Psicossocial às Famílias (Sapif) na Seas e os Caps.
No Amazonas, são três as portas que as pessoas com dificuldades financeiras têm para buscar apoio no enfrentamento dos problemas provocados pelo uso de drogas: policlínicas especializadas, o Serviço de Atendimento Psicossocial às Famílias (Sapif) na Seas e os Caps.
No Amazonas, são três as portas que as pessoas com dificuldades financeiras têm para buscar apoio no enfrentamento dos problemas provocados pelo uso de drogas: policlínicas especializadas, o Serviço de Atendimento Psicossocial às Famílias (Sapif) na Seas e os Caps.

“Eu já não me reconhecia mais. Andava sujo, deixei de ajudar o meu pai, dei um grande prejuízo financeiro para ele por conta do vício e foi quando percebi que precisava de ajuda. Hoje eu só tenho a agradecer o atendimento que recebi de todas as pessoas que trabalham aqui. Eu saio mais forte, sei que a luta vai ser grande, mas eu vou lutar como um leão para me manter firme”.


Denis, que vai prosseguir o tratamento na rede pública, por meio dos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPs), traça planos para os próximos anos. O primeiro deles é voltar a estudar e, futuramente, cursar uma faculdade. Ele também pretende voltar a trabalhar com o pai, que atua como vidraceiro, e se reaproximar dos amigos que deixou para trás.

De acordo com a diretora do Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz, Ana Maria Lopes, os pacientes são encaminhados para a internação, por meio da rede estadual e municipal de saúde mental, formada por CAPs e policlínicas. “A porta de entrada para o centro são os CAPS e as policlínicas. Depois disso, o paciente é avaliado pelo psicólogo e caso haja a necessidade, ele é encaminhado para cá. Aqui  ele passa por uma nova avaliação, com psiquiatras, e inicia o tratamento”.

A diretora ressalta que nem todo caso de dependência química há a necessidade de internação, podendo ser o paciente apenas acompanhado pela rede de atendimento. Após finalizar o tratamento no Centro de Reabilitação, os pacientes voltam a ser acompanhados pelos CAPS, dando continuidade ao processo de recuperação.

Trabalho pioneiro – O serviço oferecido pelo Centro de Reabilitação em
Dependência Química Ismael Abdel Aziz é pioneiro em todo o país. Segundo
a coordenadora de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas da Susam, Lourdes Siqueira, além de oferecer a internação e o tratamento com a abstinência total das substâncias químicas, o Centro trabalha a redução de riscos com os pacientes.

“No Brasil inteiro existem comunidades terapêuticas em que é feita a
total abstinência da droga. Aqui também fazemos esse trabalho, mas também trabalhamos com a política da redução de danos, determinada pelo Ministério da Saúde, em que mostramos aos usuários os malefícios do uso exagerado de qualquer tipo de drogas, sejam lícitas ou ilícitas”.

Estrutura – O Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz, o primeiro construído pelo Governo do Estado com capacidade para atender pacientes da capital e do interior, possui quadra poliesportiva, salas de atendimento e de aula, refeitório, enfermaria, uma grande área verde e espaço ao ar livre, além de quatro alojamentos, três masculinos, sendo um para adolescentes, e outro feminino, com quartos, banheiros, salas de TV e cinema.

Em um espaço de mais de cinco mil metros quadrados, o centro de reabilitação oferece atendimento às pessoas com problemas para lidar com a dependência química e, como parte do tratamento, são oferecidas terapias em grupo e ocupacionais com atividades como música, artes, oficinas de corte e costura, fabricação de biojoias, artesanato, além de palestras e atendimento psicológico.

(Três Comunicação)

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