Pelo menos 20 mil crianças estão presas em Faluja e correm o risco de serem recrutadas pelo Estado Islâmico que controlam essa cidade do Iraque, cercada pelas forças armadas, alertou hoje (1º) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Depois de terem apertado o cerco, por meses, ao redor de Faluja, as forças iraquianas lançaram em 23 de maio uma ofensiva para recuperar a cidade, situada a 50 quilômetros a oeste de Bagdá, ao grupo terrorista Estado Islâmico. Na segunda-feira (30), entraram na cidade onde enfrentaram uma forte resistência dos jihadistas.
Os poucos habitantes que conseguiram fugir do centro da cidade falaram de falta de água potável e de comida. As centenas de famílias que conseguiram sair de zonas periféricas de Faluja e as pessoas ainda no local, contatadas por telefone, também se queixaram das más condições de vida.
“As crianças correm o risco de serem recrutadas forçosamente para o combate e de se separarem da sua família”, alertou o representante do Iraque na Unicef, Peter Hawkins, num comunicado. “As crianças recrutadas são forçadas a segurar armas para combater numa guerra de adultos. A sua vida e o seu futuro estão em perigo.”
O Unicef voltou a apelar para a abertura das passagens seguras a fim de permitir aos civis cercados – estimados em cerca de 50 mil – saírem da cidade, situada na grande província de Al Anbar.
As Nações Unidas acusaram o Estado Islâmico de usar os civis como escudos humanos na batalha contra as tropas iraquianas apoiadas pela aliança internacional dirigida pelos Estados Unidos.(Agência Brasil)