Chavismo aplaude diálogo com oposição e questiona papel de Igreja venezuelana

Caracas, 14 abr (EFE).- O dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Jorge Rodríguez, afirmou nesta segunda-feira que o diálogo iniciado pela oposição e o governo na quinta-feira passada teve um “excelente começo”, mas questionou o papel cumprido pela Igreja venezuelana.
Rodríguez, membro da equipe do governo nesse diálogo, reiterou em entrevista coletiva que essa iniciativa não é “para fazer acordos sub-reptícios debaixo da mesa, é um diálogo franco para haver (…) um sistema de coexistência pacífica para estabelecer mecanismos de convivência”.
“Acho que foi muito positivo para todos que tenham sido tratado neste evento além de verdades e meias verdades e de muitas mentiras”, acrescentou o também prefeito de Caracas.
O início dos encontros entre a Mesa da Unidade Democrática (MUD), plataforma que agrupa grande parte dos partidos de oposição, e o governo de Nicolás Maduro, procura uma saída para situação de crise política que o país vive há mais de dois meses.
As reuniões entre o governo e a oposição contaram com o núncio vaticano na Venezuela, Aldo Giordano, que junto a três chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) atua como “terceiro de boa fé”.
O dirigente governista questionou a atuação da alta hierarquia da igreja venezuelana e “os bispos reunidos ao redor da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV)”, que, segundo disse, estão distantes da mensagem que enviada pelo Vaticano.
“Que bom seria se os senhores não tivessem tomado partido, se os senhores não tivessem assumido como uma parte política, como uma parte que cobriu os 18 mil atos de violência”, indicou, ao agregar que a igreja “pelo menos” deveria ter “negado da violência criminosa”.
Segundo Rodríguez, desde o início dos protestos, em 12 de fevereiro, até o momento, no país ocorreram 18 mil eventos violentos e “mais de US$ 15 bilhões em perdas econômicas, materiais, além do que não se pode contar, a perda da vida de venezuelanos e venezuelanas”.
A Venezuela vive há dois meses uma onda de protestos que em algumas ocasiões degeneraram em fatos de violência com um balanço de 41 mortos e mais de 650 feridos. EFE
igr/ff


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