Cheia do Rio Negro afeta moradores de áreas de risco em Manaus

Lixos sobre parte do igarapé no bairro da Betânia — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

Com a chegada do período da cheia do Rio Negro, no Amazonas, os igarapés transbordam e afetam famílias que vivem em áreas de risco em Manaus. Um desses locais é uma parte do bairro da Betânia, na Zona Sul de Manaus. No entanto, não é somente com a água que os moradores daquela área são prejudicados: uma grande quantidade de lixo tende a subir e o risco de contaminação aumenta – o que preocupa populares que vivem às margens da região.


De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), somente no ano de 2018 foram recolhidos, em 90 igarapés de Manaus, mais de 5 toneladas de resíduos sólidos.

O recolhimento desses resíduos sólidos da superfície da água e das margens dos igarapés se dá pela retirada de vegetação aquática para melhorar o escoamento da água, com o uso de botes e balsa com rebocador. Na vazante, os resíduos são amontoados nos leitos dos igarapés, com o uso de ferramentas manuais e retirados com padiolas, escavadeira e pá carregadeira. Com a remoção mecânica de todos os resíduos utilizando pá carregadeira, e caminhão basculante e a disposição final no Aterro de Municipal.

Igarapé da Cachoeirinha — Foto: Divulgação/Semulsp

A dona de casa, Beatriz Alfaia, de 26 anos, que mora em uma residência de madeira com o marido e a filha de 4 anos, disse que, além de ficar preocupada com os riscos de desabamento da casa, ela tem medo das doenças que podem ser causadas por conta da quantidade de lixo dentro do igarapé.

“Sem a cheia já é possível ver e ter noção de quanto lixo existe aqui. Preocupa porque, quando o igarapé enche, isso transborda e o risco de doenças por todo canto é maior. Eu tenho uma filha pequena que gosta de brincar e isso me deixa aflita”, afirmou.

Nesta semana, foi realizada no local uma operação da prefeitura que tem o objetivo de identificar essas famílias que moram em áreas de risco da capital e podem ser afetadas pela subida das águas este ano. O bairro da Betânia foi o primeiro local a ser inspecionado.

Operação Cheia iniciada na última terça-feira (9) — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

A operação é realizada em três fases. Primeiro, o levantamento, que é realizado com as idas nessas localidades. Feito isso, ocorrem reuniões com as secretarias responsáveis para procurarem soluções para os problemas encontrados. E, posteriormente, a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) entra em ação, indo nas áreas que são vulneráveis para também colher dados.

Igarapé no bairro da Betânia, Zona Sul de Manaus — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

O relatório do Departamento de Operações prevê que 15 bairros de Manaus serão afetados pela cheia. Além disso, o primeiro alerta do CPRM que foi realizado no fim de março apontou que a previsão de cheia em 2019 está prevista para variar entre 28,49 e 29,19 metros.

Fonte: G1

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