Um investigador de um instituto de desenvolvimento de técnicas para espionagem da China foi condenado à pena de morte por vender 150.000 documentos confidenciais a “agências de informações estrangeiras”, informou hoje a televisão estatal CCTV.
Huang Yu, 41 anos, filtrou códigos usados para encriptar comunicações no interior do Governo chinês, do Partido Comunista da China, exército e da área das finanças, segundo aquele canal.
O condenado trabalhava desde 1997 em um instituto da cidade de Chengdu, capital da província de Sichuan, no sudoeste da China, onde se desenvolviam os códigos criptografados.
A CCTV não detalha quando, é que a pena foi pronunciada ou se já terá sido executada.
Em 2002, Huang, especialista em computação, vendeu uma cópia de segredos de Estado a agências de espionagem estrangeiras, após ter sido contactado através da Internet, explicou a CCTV.
A televisão chinesa, que não detalha os países de origem daquelas agências, diz ainda que Huang perdeu o emprego em 2004, tendo continuado a acessar a informação através da sua esposa, antigos colegas de trabalho e familiares.
Com o dinheiro que terá ganho através do esquema, convidou familiares e amigos a viajar até ao sudeste asiático, Hong Kong e Macau.
Huang aproveitaria aquelas deslocações para entregar aos seus contactos no exterior informação guardada em computadores portáteis ou dispositivos de armazenamento móvel, segundo a CCTV.
No espaço de 10 anos, realizou 21 transações, através das quais obteve 700.000 dólares, até ser detido em 2011, detalhou.
A esposa e um cunhado de Huang foram sentenciados a cinco e três anos de prisão, respectivamente, por terem entregado informação confidencial.
Outros 29 antigos companheiros de trabalho do investigador foram também punidos.
(NOTICIAS AO MINUTO)