Choro – Por Max Diniz Cruzeiro

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

O Choro é um lacrimejar que simula dor psíquica, que pode estar atrelada também a uma dor física. A lágrima contém um neurotransmissor leucina encefalina de base analgésica (fonte: https://abqrs.com.br/lagrimas-e-seus-significados/), que ajuda a aliviar a dor preparando o organismo para sua recuperação.


O choro é uma espécie de reclame interno, onde o organismo ressentido busca uma forma de conter o avanço de uma ruptura em sua estrutura.

Quando um choro sinaliza uma perda interna, é sinal que algum objeto interno era muito relevante para um indivíduo, sinal que podem surgir: pesar, dor psíquica, tristeza, dissidia, melancolia e luto, conforme o caso.

Após o choro o sistema respiratório de um indivíduo costuma a se ativar em movimentos bem profundos de respiração e inspiração.

As lágrimas quando escorrem pela face transmitem uma informação para a parte interna de frescor, ou alívio, como se a sensação interna de tensão estivesse ficando rarefeita.

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

Geralmente o choro desperta as cordas vocálicas, de forma ritmada, em um ciclo de estocagem e refluxo de ar que guturalmente aciona um ruído forte, estrondoso e assustador para outros indivíduos de mesmo grupo.

Diante de um choro, geralmente outras pessoas de mesmo agrupamento se comovem ou se ressentem. Onde é comum aflorar ondas de solidariedade, ou estado de falta de ação, no qual todos são movidos pela interrupção do raciocínio de rotina a fim de socorrer quem clama por socorro.

Quanto mais forte for a lembrança do fato que desencadeou o choro, mais forte tende da ser a reação vocálica de choro que se irrompe pelo ambiente.

Algumas pessoas acentuam a secreção pelo nariz como sendo um leve resfriado, e na busca de alívio o esfregar desta região do rosto com as mãos causa uma sensação de amparo.

Também é comum que pessoas diante de uma crise de choro tendem a isolar os olhos do olhar de curiosos, por meio da dobradura das mãos sobre a face sobrepondo-as em uma superfície.

O ritmo do coração costuma acelerar, no início, os batimentos cardíacos, e à medida que o analgésico neurotransmissor leucina encefalina atua e níveis cada vez mais alto de dopamina circulam no sistema nervoso do indivíduo o sistema parassimpático tenderá a entrar em funcionamento, levando este indivíduo a aquietar, afastar as lembranças densas e negativas, e a pacificar sua mente, seu corpo e sua alma (essência energética).

O ciclo circadiano também é afetado dentro deste sistema, e passa a coordenar ações que condicionam o indivíduo a intensificação do sono, a fim de que o indivíduo possa adormecer a sensação de pesar que vigora em sua mente.

Nesta fase de sono, muito contribuem para o controle do metabolismo a acetilcolina (SAch), o ácido gama-aminobutírico – Gaba – e a norodrenalina – Nora – (Fonte: Google dicionário).

O choro é precedido de uma leve irritação que um indivíduo não é capaz de suportar. Que pode apresentar como Dor ou Estresse, condicionando sua afetação na forma de um lacrimejar intenso, vigoroso encadeado internamente com densas sensações emocionais que intensificam cada vez mais a necessidade de extravasar a tensão mental.

Pode partir através de uma afirmação interna, de algo que antes não era percebido, mas que é suficiente para o desencadeamento da tensão sobre os olhos.

Uma vez os olhos pesados, pode servir de convencimento para que o indivíduo não bloqueie o fluxo lacrimal que faz sentido com seu estado de espírito.

O choro também pode ser desencadeado por irritação cutânea onde a íris dos olhos ficam sensíveis a determinado composto químico, e como uma reação em cadeia os olhos começam a lacrimejar, porém não associado ao ruído produzido pelos gestos guturais.

Não é muito comum a visualização de sudorese durante o ciclo do choro. Mas é possível que algumas pessoas tenham como sintoma pressão sobre a cabeça que as possa condicionar a sensação de leve dor de cabeça, e um profundo aperto no coração.

A pessoa que chora se isola com frequência, e nestes casos é o aspecto modal evidenciado. Poucos tentam convencer outros a manifestarem-se no mesmo rito de choro, porém o grupo se mostra solidário desencadeando apoio ao indivíduo que manifesta sofrimento. Pode ser observado nestes casos uma certa paralisia social enquanto o fato não for resolvido. Geralmente, para a pessoa que manifesta sofrimento lhe é oferecido algum conteúdo líquido que promove a pacificação do conflito, sendo o mais comum a água, e em alguns casos calmantes a fim de que a pessoa relaxe seu estado de espírito.

Os traços da face ficam levemente pesados, os cílios seguem o mesmo rito processual. Breve suspirar pode induzir novamente o indivíduo dentro da necessidade de apropriação da lembrança, ou gerar uma oportunidade para que algum indivíduo próximo possa fazer o devido amparo à pessoa que sofre, lhe trazendo e a condicionando ao conforto social.

É necessário diante de uma crise de choro que a comunidade dê um tempo para que a pessoa possa refletir sobre o seu condicionamento, a fim de que o amparo seja sugerido no instante em que o indivíduo se mostre receptivo num modelo de relacionamento. Mostrar para a pessoa, quando o tempo chegar, que ela é necessária e querida por todos é fundamental para aproximar a necessidade da pessoa não se desvincular dos laços que a fortalecem dentro de uma comunidade. Existem indícios de que o choro pode ajudar a ajustar o sistema parassimpático de um indivíduo.

Fraternalmente,

Max Diniz Cruzeiro

 

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