Com a indústria em crise, empresários apostam no ramo de alimentos

Empresários apostam no setor de alimentação/Foto: Arquivo

Para enfrentar os ajustes econômicos que têm prejudicado, principalmente, o setor industrial e buscar um diferencial para se destacar no mercado amazonense, empreendedores estão optando por investir no mercado alimentício na cidade de Manaus. O resultado do aquecimento do setor na capital amazonense tem atraído feiras, eventos gastronômicos e fomentou a criação de novos restaurantes e bares em Manaus desde o fim do ano passado.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados no fim de dezembro de 2014, mostraram que o setor de serviços  – ramo da atividade econômica que engloba uma série de prestações essenciais à população – teve um crescimento 15,9% no Amazonas, volume que representa um aumento de 0,13% em relação ao primeiro semestre de 2014, e 2,71%, quando comparado com o mesmo período do ano passado.  O aumento foi pressionado, principalmente, pelo setor de alimentos, segundo o IBGE.


O presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon/AM), Marcus Evangelista, afirmou que a estatística do IBGE apresentada há seis meses deve ser uma tendência até o final deste ano. Ele afirmou que o frequente surgimento de empreendedores individuais voltados para o comércio mesmo em meio à crise financeira – que vem atingindo diretamente o Polo Industrial de Manaus (PIM) -, se dá em virtude da falta de opções de entretenimento na capital.

Para Evangelista, os amazonenses estão sabendo driblar a crise, explorando outras alternativas para fonte de renda, como os food trucks, hamburguerias e locais especializados em hot dogs, doces, dentre outras ofertas.  “O consumidor de Manaus é carente de novidades. Além de um alto custo de vida, Manaus não oferece diferentes tipos de lazer. Isso justifica o ‘boom’ de pequenos estabelecimentos do ramo alimentício que estão surgindo, pois eles são vistos como um tipo de lazer. Assim, as vendas estão tendo um reflexo positivo tanto para quem vende, quanto para quem consome”, explicou.

Ainda segundo Evangelista, a classe média B e C é a que mais consome quando o assunto é alimentação, mesmo quando o ‘custo-benefício’ não é tão vantajoso como se pensa. Apesar do mercado propício a novos negócios, para os empreendedores individuais continuarem ativos no mercado é necessário buscar a inovação.

“Mesmo que o empresário esteja tendo um retorno positivo, não podemos dizer que será duradouro, até porque é alta a taxa de mortalidade de micro ou pequenas empresas em Manaus. Porém, se buscar investir em inovação, pesquisas de novos produtos, descobrindo novos nichos de atuação, o empreendedor tem grandes chances de firmar o negócio na cidade, já que o consumidor da classe média é aquele que está sempre disposto a gastar com alimentação”, concluiu.

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