Com grande atuação, Brasil vence China e se recupera no Grand Prix

Sheila brilhou nos 3 a 0 sobre a China/Foto: EFE
Sheila brilhou nos 3 a 0 sobre a China/Foto: EFE
Sheila brilhou nos 3 a 0 sobre a China/Foto: EFE

Nada como um dia após o outro. Essa foi a tônica da seleção brasileira de vôlei nesta quinta-feira, na vitória sobre a China por 3 sets a 0, parciais de 25/23, 25/20 e 25/21, em partida válida pela segunda rodada da fase final do Grand Prix, realizada em Tóquio, no Japão. Depois de uma atuação ruim diante da Turquia, que resultou em uma derrota no tie-break, o Brasil deu um show e não tomou conhecimento das tradicionais rivais asiáticas.

Se no duelo contra as turcas, Thaisa, Sheilla e Fê Garay não se encontraram em quadra e acabaram sendo substituídas no terceiro set, o trio brilhou nesta quinta-feira e marcou 34 pontos.  Ligadas desde o início da partida, as três pareciam ter esquecido o ocorrido no dia anterior. Além disso, Dani Lins, Fabiana, Camila Brait e, principalmente, Jaqueline estavam tão inspiradas que o técnico José Roberto Guimarães só mexeu no time em duas ocasiões, colocando Monique Pavão em quadra no fim do primeiro e terceiro sets. Fernanda Garay explicou a importância do resultado:


– Estou feliz pela vitória e atuação do grupo. Conseguimos recuperar o nosso ritmo e, principalmente, a confiança. Sabemos que ainda tem muito campeonato pela frente. Fizemos uma excelente campanha e precisamos usar isso como motivação. Amanhã, teremos mais um jogo difícil contra a Bélgica – disse Fernanda Garay.

Para Sheilla, que terminou a partida com 11 pontos, dez deles de ataque e um de bloqueio, a felicidade do time foi fundamental:

– Acho que foi melhor, bem melhor que ontem. Nos soltamos mais dentro de quadra.  Hoje a alegria foi fundamental, está todo mundo de parabéns – elogiou Sheilla.

Com o resultado, o Brasil chega aos quatro pontos na competição e está na segunda posição, atrás somente das japonesas, que derrotaram a Turquia nesta quinta-feira por 3 sets a 0 (25/17, 25/17 e 25/13). Mesmo com a derrota na estreia, a seleção brasileira só depende de seus resultados para chegar ao título. O décimo título virá caso o Brasil vença Bélgica (sexta-feira), Rússia (sábado) e Japão (domingo). O treinador José Roberto Guimarães acredita que o time ainda tem o que melhorar:

– Ainda cometemos alguns erros, mas o nosso passe e a marcação de bloqueio evoluíram. Esse é o caminho que precisamos seguir, sempre ajustando e melhorando nosso jogo. Estamos sem muito tempo para treinar em função do horário das partidas, portanto foi importante mostrarmos uma recuperação rápida depois de uma derrota como a de ontem – analisou o treinador.

Amanhã, sexta-feira, a seleção brasileira volta às quadras para enfrentar a Bélgica, às 3h da manhã (de Brasília), com transmissão ao vivo da TV Globo e do SporTV. As belgas são, na teoria, as mais fracas da fase final, já que vieram de uma espécie de segunda divisão do Grand Prix. Já as chinesas, que tinham estreado com vitória, tentam a recuperação contra o Japão.

O início de partida foi de assustar. Depois de uma atuação ruim no dia anterior, as titulares Fê Garay, Thaisa e Sheilla voltaram a cometer falhas no início do primeiro set. Com dois erros de passe e dois saques na rede, a seleção deu “de graça” quatro pontos para as chinesas, que chegaram na primeira parada técnica com vantagem de 8 a 5.

Na volta do tempo, Dani Lins passou a distribuir melhor o jogo. Com um ponto de Sheilla, outro de Fê Garay e um ataque de Thaisa, o Brasil passou à frente e assumiu o comando do placar. As brasileiras mantiveram uma vantagem confortável e abriram 24 a 21. Aí, dois sustos aconteceram. Primeiro, Fabiana pediu para sair por conta de um choque com a chinesa Junjing Yang. Na sequência, dois pontos seguidos das chinesas, que encostaram no placar. Mas Jaqueline, com uma bela largada, fechou a parcial para o Brasil e mostrou que estava totalmente recuperada da partida da primeira rodada, já que anotou oito pontos somente no primeiro set.

No começo do segundo set, uma notícia boa e outra ruim: Fabiana voltou para a partida sem sentir dores, mas a seleção brasileira repetiu o início da primeira parcial e viu a China abrir três pontos logo de cara. A vantagem seguiu do time asiático até a segunda parada técnica, em que o placar apontava 16 a 14. Mas, em dois erros seguidos de ataque das chinesas, o Brasil empatou e, com Sheilla, passou à frente no set, 17 a 16. A partir daí, as bicampeãs olímpicas se soltaram ainda mais na partida e dispararam, vencendo por 25 a 20.

O terceiro set começou com o mesmo enredo que as duas parciais anteriores. O Brasil errando bastante e a China conseguindo abrir no placar, 3 a 1. Mas, desta vez, demorou menos tempo para as brasileiras assumirem a ponta e dispararem para a vitória. Quando a China encostou, fazendo 9 a 8, coube à levantadora Dani Lins marcar seu primeiro ponto no jogo e dar tranquilidade ao time. Na outra vez que as chinesas diminuíram a vantagem para um ponto, Thaisa foi para o saque, marcou dois pontos diretos e ainda estragou a recepção chinesa em outras duas oportunidades. Aí, o time de Zé Roberto abriu 19 a 15 e se aproximou ainda mais da vitória. No fim, 25 a 21, e Jaqueline eleita a melhor jogadora em quadra.

RÚSSIA PASSA PELA BÉLGICA SEM GRANDES PROBLEMAS

Atual bicampeã mundial, a seleção da Rússia se recuperou da derrota para o Japão na primeira rodada e passou sem dificuldades pela Bélgica por 3 sets a 0, parciais de 25/23, 25/16 e 25/19, em 1h17 de partida.

Com o resultado, as russas chegam a três pontos na classificação geral, enquanto as belgas, que vieram de uma espécie da segunda divisão da competição, seguem sem pontuar na fase final do Grand Prix. Na primeira rodada, foram derrotadas por 3 sets a 1 pela China.

Foi um show de bloqueios da equipe russa, um total de 15 pontos conquistados nesse quesito. A maior pontuadora da partida foi a oposta Natalia Malykh, que colocou 18 bolas no chão.

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