O novo decreto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que determina a redução de 35% nos Imposto Sobre os Produtos Industrializados (IPI), prejudica a Zona Franca de Manaus (ZFM). O documento foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (29) e gerou polêmica entre a classe política local, que saiu em defesa das indústrias instaladas no Amazonas.
Com discursos de que os produtos fabricados na Zona Franca de Manaus perdem competitividade perante os demais, vários parlamentares aproveitaram o momento para “alfinetar” o presidente Jair Bolsonaro. Além disso, aproveitaram para dizer o quanto defendem o modelo econômico.
No entanto, os argumentos acontecem em ano eleitoral. Faltam menos de seis meses para o pleito que vai definir o novo presidente do Brasil, além de senadores, governadores deputados federais e estaduais.
Boa parte dos defensores da Zona Franca almeja a reeleição, especialmente aqueles que já atuam em Brasília e buscam garantir a cadeira para um novo mandato. Por outro lado, há os parlamentares que preferiram ficar calados, alguns deles bolsonaristas.
O problema não é a defesa da Zona Franca – que é sempre bem-vinda. A questão fica por conta da defesa acontecer, justamente, em ano eleitoral. Até porque não é a primeira vez que a atual gestão federal faz ataques ferrenhos ao Amazonas. No entanto, somente agora os parlamentares resolveram se manifestar, com exceção daqueles que atuam na bancada em prol do Estado.
Nos últimos dias houve reuniões, diferentes conversas e o que fosse preciso para que deputados e senadores que representam o Amazonas debatessem um assunto que já deveria ter negociações bastante avançadas. Diante disso, fica o questionamento de por que só agora resolveu surgir esse movimento de defesa. Resta ao eleitor ficar atento em outubro.
