Com pandemia, acidentes em rodovias são menos frequentes, porém mais letais

Foto: Divulgação

Muito se falou em 2020 sobre a diminuição no número de acidentes em rodovias do Brasil, graças ao menor fluxo de automóveis. Porém essa notícia, tida a princípio como positiva, não significa a diminuição de vítimas letais, de acordo com dados do Painel CNT de Consultas Dinâmicas de Acidentes Rodoviários.


O levantamento revela que, apesar de 2020 ter 5,9% a menos de ocorrências que 2019, o número de mortes é quase igual: 5.287 óbitos do ano passado contra os 5.332 de 2019 – redução de apenas 0,8%. A fatalidade, apesar de mais frequente em 2020, não é um problema que chegou com a pandemia. Antes disso, entre 2007 e 2020, 99.365 brasileiros perderam a vida em fatalidades nas estradas federais.

Apesar de a pandemia continuar, o fluxo mais baixo nas rodovias não durou muito. Em 2021, a Ecovias, informa que, até o dia 28 de janeiro, o número de carros, motos e caminhões nas rodovias voltou a crescer em comparação com 2020. Os destaques de aumento vão para as rodovias Eco050, que teve alta de 10,8%, e Eco135050, com crescimento de 7,4%, o que deixa o país novamente próximo ao patamar pré-Covid, que já era perigoso para pedestres e motoristas.

Resultados dos acidentes para o país

Há anos, o Brasil está entre os países com maior número de mortes no trânsito. De acordo com o relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPS), divulgado em 2019, o país está em 9º lugar no ranking de nações nas quais o trânsito mais mata, atrás de Santa Lucia, República Dominicana, Venezuela, Belize, Guiana, Paraguai, El Salvador e Equador .

Apesar de a maioria das pessoas que transitam nas estradas estar em carros, o estudo revela que os mais vulneráveis a acidentes letais são pedestres (22%), ciclistas (3%) e motociclistas (23%). Os três grupos juntos são equivalentes à metade das mortes em rodovias.

Outra informação relevante é que a necessidade de conscientização entre os jovens é maior do que em qualquer outra faixa etária, visto que os acidentes em automóveis são a segunda maior causa de morte de pessoas entre 15 a 29 anos.

A OPS conclui que as altas taxas de mortalidade, graças a acidentes com automóveis, são também uma das causas de atraso no desenvolvimento dos países da América. Essa análise ressalta a importância, dentre outras coisas, da ação dos policiais rodoviários federais e da abertura de concursos PRF, a fim de ter um controle maior das rodovias por todo o país.

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