Com seca histórica em julho, capital do Acre pode ter racionamento de água

A informação foi repassada pelo superintendente do órgão/Foto: divulgação
A informação foi repassada pelo superintendente do órgão/Foto: divulgação
A informação foi repassada pelo superintendente do órgão/Foto: divulgação

Pavimentação e Saneamento (Depasa) no estado já se prepara para reduzir a distribuição de água em Rio Branco. A informação foi repassada pelo superintendente do órgão, Miguel Félix, durante visita a Estação de Tratamento de Água (ETA II).


Nesta quinta-feira (14), o nível do manancial marcou 1,83 metros, conforme a Defesa Civil, pior nível já registrado nos últimos 40 anos para o mês de julho. O nível mais baixo já registrado foi no mês de setembro, de 1,50 metro, em 2011.

“Tudo indica que daqui a 30 ou 40 dias teremos que fazer um racionamento maior, como o aumento da intermitência. Ou seja, os bairros para onde a água vai dia sim e outro não, devem passar dois dias sem receber água. Isso para poder garantir que com pouco a gente distribua para mais pessoas”, explica Félix.

Apesar da diminuição, o superintendente afirma que não existe nenhuma possibilidade de faltar água nos bairros. Já que de acordo com ele, mesmo com a estiagem, estudos apontam que em média de 25 a 30 milhões de litros de água passam pela vazante do manancial. “Se chegar a 1,50 metro ainda vamos ter entre 9 a 12 milhões de litros por segundo. Só precisamos de 1 milhão para o abastecimento. As pessoas não precisam se alarmar. Não tem nenhum bairro sem água literalmente. De forma nenhuma vamos permitir isso. Enquanto tiver passando água aqui, vamos estar captando”, diz.

Captação opera com 20% a menos da capacidade
Ainda segundo o superintendente, atualmente a captação de água tem funcionado com 20% da capacidade dos equipamentos. Normalmente, a ETA II conta com três bombas, que captam mil litros por segundo cada, para fazer o abastecimento da população. Com a estiagem, apena uma bomba continua funcionando e ele explica o motivo.

“As três bombas são usadas para captar água com o rio a 8 metros. Com o nível do rio baixo desse jeito estão completamente desativadas. A medida que as águas vão baixando vamos perdendo capacidade gradualmente”, explica.

Por causa da situação, há aproximadamente quatro meses, três bombas flutuantes na estação passaram a ser utilizadas para garantir o abastecimento e Félix explica que já iniciaram o processo de preparação para instalar uma quarta até o final desta semana.

“Inicialmente operávamos com um quantitativo menor, duas ou três [bombas], porque tínhamos um volume de água ainda na torre. Agora que a capacidade é mínima, algo em torno de um terço, tivemos que recuperar através das flutuantes. Hoje temos três flutuantes com cinco bombas operando mais uma bomba da torre captação. O que nós dá uma média de 850 litros puxados por segundo”, detalha.

Seca do Rio Acre
O nível decrescente do Rio Acre tem causado preocupação com o abastecimento de água. Por causa disso, o governador Tião Viana. No último dia 7 de julho. O representante da ANA visitou as estações de tratamento de água (ETA I, ETA II) para ver como funciona o processo de captação de água.

(Jornal Floripa)

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