
O Brasil está se preparando para mudanças significativas no setor de combustíveis com a implementação da Lei Combustível do Futuro (14.993/2024), que propõe o aumento do percentual de etanol na gasolina de 27,5% para 30%. A medida, um marco regulatório para o setor sucroenergético, poderá gerar impactos econômicos e ambientais importantes no mercado de combustíveis.
Impacto econômico e produtivo
A alteração pode reduzir o preço da gasolina, uma vez que o etanol anidro tem uma carga tributária menor do que a gasolina pura. Estima-se que a produção de etanol anidro aumente em 1,3 bilhão de litros, com o setor sucroenergético afirmando ter capacidade produtiva suficiente para atender à demanda.
Testes técnicos e impacto ambiental
O Instituto Mauá de Tecnologia está realizando testes entre janeiro e fevereiro de 2025 para avaliar o impacto da nova mistura em diferentes modelos de veículos, com o objetivo de verificar possíveis efeitos mecânicos. O etanol brasileiro é reconhecido por seu potencial de reduzir até 90% das emissões de CO2, contribuindo para a diminuição dos gases de efeito estufa.
Desafios e perspectivas futuras
Apesar do potencial positivo, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em Minas Gerais aponta para a possibilidade de aumento nos preços. O preço do etanol anidro subiu 41,5% em 2024, passando de R$ 2,12 para R$ 3,00.
O etanol brasileiro é reconhecido internacionalmente como uma estratégia eficaz para a transição energética e para mitigar as mudanças climáticas. O consumo de etanol no Brasil aumentou 31,1% em janeiro de 2024, refletindo o potencial crescente do biocombustível tanto no mercado nacional quanto internacional.
Além disso, motores fabricados há mais de 15 anos podem apresentar incompatibilidade com a nova mistura. O Ministério de Minas e Energia receberá os resultados preliminares dos testes no primeiro trimestre de 2025, que servirão de base para o estudo de impacto regulatório da nova composição.
Fonte: ig