Como a política cambial interfere economicamente no país

Imagem: Reprodução/iStock

Este é um dos pilares para manter a economia equilibrada


Os chefes dos governos de diversos países têm atribuições para que consigam manter a economia nacional em um estado de constante evolução e equilíbrio, como política monetária, fiscal e cambial. A última está relacionada, aqui no Brasil, com um conjunto de ações exercidas pelo Banco Central (Bacen) para controlar o funcionamento da economia, por meio de alterações das taxas de câmbio.

Nesse caso, o real é colocado frente às moedas de outros países, como dólar (Estados Unidos), euro (moeda oficial da zona do euro; 19 dos 27 países que estão ligados à União Europeia), etc. A partir daí, a moeda nacional é comparada e pode passar por valorização ou desvalorização. Um exemplo é quando a moeda se valoriza muito. Isso pode prejudicar as exportações. Por outro lado, quando há uma desvalorização alta, o poder de compra pode ser diminuído. O ideal é manter equilibrado, sem variações bruscas.

Antes de começar a colocar as operações cambiais em prática, os especialistas do Bacen precisam levar em conta uma série de fatores. Entre eles, estão o interesse em atrair capital especulativo, exportar bens de alto valor e importar commodity – matérias-primas que têm o preço tabelado uniformemente, de acordo com a procura e oferta internacional.

Ao todo, existem os principais regimes que envolvem a política cambial. São três modalidades.

    • Câmbio fixo: Nesse caso, a moeda nacional e uma internacional têm um valor fixo. Por exemplo, R$ 1 equivale a US$ 1. Aqui, no Brasil, esse modelo foi utilizado na implementação do Plano Real, entre 1994 e 1999.
    • Câmbio flutuante: Esse é o tipo em que o valor das moedas varia no mercado, de acordo com oferta e demanda, sem intervenção dos governos.
    • Banca cambial: Também conhecido como modelo híbrido, ele opera como uma mistura entre os outros dois modelos citados acima. Assim, é possível deixar que a moeda varie, com limites entre preços mínimos e máximos.

E qual a influência na economia? A política cambial interfere demais no nosso dia a dia, mesmo que não pareça. Quase tudo que consumimos está ligado diretamente à importação ou exportação. Logo, os preços variam. Exemplo: quando existe uma taxa alta de venda de algum produto para outros países, os preços podem aumentar no mercado nacional. Isso gera a inflação. Automaticamente, o Banco Central precisa agir e esfriar a economia, diminuindo o poder de compra dos brasileiros. Já a alta da moeda pode desaquecer o mercado de investimentos.

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