
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é uma condição que afeta o desenvolvimento da criança, apresentando dificuldade de comunicação e relacionamento, sendo mais perceptível na infância, entre os 2 e 3 anos. Estima-se que no Brasil, existem 2 milhões de pessoas com TEA, e as características podem variar de acordo com a criança.
Sinais de autismo
É preciso estar atento aos sinais, pois em casos de autismo leve, os sintomas podem passar despercebidos. Já em outros casos os sintomas são mais intensos e as crianças apresentam maior dificuldade de aprendizado e convívio. Entre os sintomas, podemos citar:
• Dificuldade de interação social:
Evitar contato visual, pouca expressão facial, ter dificuldades em iniciar interações, hipersensibilidade ao toque (não gostar de ser abraçado e encostado), preferência por brincar sozinho e falta de interesse nas pessoas (quando há interesse, é excessivo);
• Dificuldade de comunicação:
Repetição de frases e palavras, não falar tanto quanto outras crianças, atraso na fala, não responder quando é chamado até pelo próprio nome, não compreender gestos e expressões faciais de outras pessoas;
• Alterações de comportamento:
Fazer movimentos repetitivos (como bater as mãos, se movimentar para frente e para trás), não ter medo de situações perigosas, angústia com mudanças na rotina, ter interesse intenso por algo muito específico, ficar muito agitado quando está em público.
Já que o autismo afeta habilidades sociais, de comunicação e de relação com o próximo, é essencial saber como identificá-lo, para assim existir a possibilidade de ter uma boa resposta ao tratamento.
As crianças com TEA possuem formas diferentes de aprender, prestar atenção ou reagir às situações e acontecimentos.
Diagnóstico de autismo
O diagnóstico de autismo é clínico, feito através de observação direta do comportamento do indivíduo em uma entrevista com os pais ou cuidadores. Ainda não há marcadores biológicos e exames específicos para autismo.
Mas existem alguns exames, como o cariótipo com pesquisa de X frágil, o eletroencefalograma (EEG) e a ressonância magnética nuclear (RNM) entre outros que são utilizados para investigar a causa.
O mais indicado para tratamento do autismo são intervenções que ajudam a melhorar a qualidade de vida e ajudar no desenvolvimento da criança, que envolve cuidados com uma equipe de profissionais como terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e psicólogos.