
O conclave para escolha do novo Papa iniciou-se oficialmente nesta quarta-feira (7), com a tradicional missa Pro Eligendo Pontifice na Basílica de São Pedro, no Vaticano. A celebração, presidida pelo cardeal decano Giovanni Battista Re, foi marcada por orações, cantos e homenagens ao Papa Francisco, falecido em abril, aos 88 anos. A missa é o último ato público dos cardeais eleitores antes de se recolherem para as votações na Capela Sistina.
Após a cerimônia, os 133 cardeais com menos de 80 anos, entre eles sete brasileiros, seguiram em procissão até a Capela Sistina, entoando o hino latino Veni Creator Spiritus. Uma vez na capela, os cardeais fizeram o juramento de manter absoluto sigilo sobre todo o processo de votação. Esse compromisso reforça o caráter solene e reservado do conclave, uma tradição que remonta ao século XIII.
Primeira votação e expectativa por fumaça preta
A primeira votação está marcada para às 14h (horário de Brasília). No entanto, é improvável que o novo Papa seja escolhido já neste primeiro turno. Nos conclaves modernos, as primeiras votações geralmente servem para os cardeais avaliarem o apoio a diferentes nomes. Uma fumaça preta deve ser vista subindo da chaminé da Capela Sistina, sinalizando que não houve consenso.
A partir do segundo dia, o ritmo do conclave acelera, com quatro votações diárias: duas pela manhã e duas à tarde. As fumaças podem aparecer nos horários de 5h30, 7h, 12h30 e 14h (horário de Brasília). Caso o novo Papa seja escolhido já na primeira votação de qualquer sessão, a fumaça branca pode surgir antes do horário previsto.
Ritual e tradição
O novo Papa será eleito por maioria qualificada, com pelo menos 89 votos entre os 133 cardeais eleitores. O conclave é conduzido em absoluto sigilo, e qualquer violação desse compromisso pode resultar em sanções severas. Uma vez escolhido, o novo Pontífice será anunciado ao mundo pelo tradicional “Habemus Papam”, com sua primeira aparição na sacada da Basílica de São Pedro.
Caso o conclave se estenda além de três dias, o processo é suspenso para um dia de oração e reflexão entre os cardeais. O conclave segue, então, até que um candidato alcance a maioria necessária para ser proclamado o novo líder da Igreja Católica.
Fonte: InfoMoney