Conheça o Bico-de-tamanco ave capaz de decapitar um crocodilo

Foto: Reprodução

A natureza está cheia de animais estranhos; alguns são tão sinistros que parecem ter saído diretamente de algum momento pré-histórico. Esse é o caso do Balaeniceps rex, popularmente conhecido como bico-de-tamanco, uma ave com quase 1 metro e meio de altura e bico grande em formato de sapato, que deu origem ao seu nome.


Acostumado a viver em áreas pantanosas, esse pássaro não migratório é encontrado na área central do continente africano, principalmente no sul do Sudão e em Uganda. Ele se alimenta basicamente de peixes e rãs; porém, na falta de suas “comidinhas básicas”, pode até lanchar um filhote de crocodilo!

Cegonha, pelicano ou dinossauro?

Com sua aparência “dinossáurica”, o bico-de-tamanco compartilha traços com cegonhas e garças, além de métodos predatórios bem violentos iguais aos dos pelicanos. Entretanto, na verdade, os cientistas acreditam que seus parentes mais próximos realmente sejam os cabeça-de-martelo.

Cabeça-de-martelo, o parente mais próximo do bico-de-tamanco -Foto: Reprodução

Metralhadora: bom para acasalamento e afastar inimigos

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O estranho bico desse pássaro é forte e espaçoso o bastante para devorar peixes grandes em poucas bocadas e, ainda, lhe permite emitir um som de cliques que se assemelha ao de uma metralhadora, para afastar predadores e atrair parceiros na época do acasalamento.

No calor, vale de tudo para se manter fresquinho
Para enfrentar as altas temperaturas dos pântanos africanos, essas aves utilizam uma forma prática, mas um tanto estranha, para se refrescarem: defecam e urinam nas próprias pernas, a fim de criar um efeito de resfriamento.

Além disso, assim como outras espécies de pássaros, eles realizam a vibração gular, uma técnica que bombeia os músculos da garganta para ajudar a liberar o excesso de calor corporal (melhor do que a primeira alternativa, né?).

Espécie vulnerável

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Mesmo sendo considerado um temido e altivo predador, o bico-de-tamanco é muito popular entre os observadores de pássaros e já foi adorado por algumas culturas, como os antigos egípcios.

Porém, essa fama tem um preço: atualmente, ele é considerado uma espécie vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza, com uma população máxima estimada entre 3,3 mil e 5,3 mil.

Isso se deve basicamente à diminuição de seu habitat natural e à caça excessiva por sua aparência rara, com colecionadores particulares em Dubai e na Arábia Saudita pagando US$ 10 mil (cerca de R$ 55 mil) por um exemplar vivo.

Vamos torcer para que o aumento dos esforços de conservação ajudem a manter a população dessa ave estranhamente adorável viva por muito tempo.

Fonte: Mega Curiosidade

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