Conselho de Ética da Câmara abre processo contra André Vargas

Brasília, 9 abr (EFE).- O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados iniciou nesta quarta-feira processo por quebra de decoro parlamentar contra o vice-presidente da casa, André Vargas (PT-PR), que pode ter seu mandato cassado.
O processo vai apurar várias denúncias, entre elas o envolvimento do petista com o doleiro Alberto Yousseff, que está preso e é acusado pela polícia de participação em um esquema de lavagem de dinheiro.
Devido ao escândalo, Vargas tinha pedido na segunda-feira licença de 90 dias para “preparar sua defesa” diante das acusações, que o parlamentar afirma serem falsas.
Segundo o deputado Ricardo Izar (PSD-SP), presidente do Conselho de Ética, será designado um relator do processo, que deverá apresentar um documento sobre o caso em um prazo máximo de 90 dias, após o qual se decidirá se Vargas perderá o mandato.
A crise começou quando foi divulgado que uma viagem do deputado petista feita de jatinho entre Londrina e João Pessoa foi paga por Yousseff.
O deputado disse na ocasião que foi imprudente em usar o avião alugado pelo doleiro. Os próprios colegas de partido de Vargas chegaram a pedir que o parlamentar renunciasse, pois assim evitaria a cassação.
A organização a qual Yousseff pertence é acusada de ter lavado cerca de R$ 10 bilhões de dinheiro obtido em boa parte a partir de corrupção.
Segundo a polícia, o doleiro mantinha uma intensa comunicação com Vargas, que admitiu a amizade com Yousseff, mas alegou desconhecer suas atividades ilícitas.
As investigações sobre a lavagem de dinheiro também levaram para a prisão o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que durante muitos anos foi um dos principais executivos da empresa.
Costa foi detido pelos supostos vínculos que uma empresa de consultoria de sua propriedade mantinha com a organização, acusada de lavar dinheiro procedente de corrupção, evasão de divisas, contrabando de pedras preciosas e tráfico de drogas, entre outros delitos. EFE
ed/cm


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