O consumo de 100 litros de água por pessoa/dia, registrado no Amazonas, de acordo com dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), é abaixo do recomendado pelas Nações Unidas. Este e muitos outros dados constam no Atlas de Saneamento lançado hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados também indicam os impactos de um saneamento ambiental desigual e ainda não universalizado no país.
Enquanto 99,6% dos municípios tinham abastecimento de água por rede geral, apenas 50,0% dos municípios do Amazonas utilizava serviços de esgoto geridos de forma segura, incluindo instalações para lavar as mãos com água e sabão, em 2018.
Com relação à distribuição de água, quase a totalidade dos Municípios com o serviço distribuía água tratada desde 2008 (93,4%). Em 2017, esse percentual foi de 94,9%. Apesar de ser um serviço bem abrangente, mesmo com os avanços ocorridos no período de 2008 a 2017, o abastecimento de água por rede geral de distribuição ainda se caracteriza por um desequilíbrio regional.
Enquanto, em 2017, na Região Norte, apenas 47,6% dos domicílios eram atendidos, na região Sudeste, esse percentual alcançou 97,0%.
O valor de consumo de água recomendado pelas Nações Unidas (United Nations) é de 110 l/hab/dia, quantidade considerada adequada para atender às necessidades de consumo e higiene de uma pessoa. Abaixo desse valor de referência estavam as médias de consumo de sete estados do Nordeste (Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e Bahia) e um do Norte, o Amazonas.
Dessa forma, o Amazonas, com consumo de cerca de 100 l/hab/dia, era o quarto Estado do ranking nacional com consumo mais baixo de água por habitante, no país.