Copa do Mundo é assim, Uruguai perde para a Costa Rica e Colômbia derrota Grécia

A Festa colombiana no Mineirão/Foto: AFP
A Festa colombiana no Mineirão/Foto: AFP
A Festa colombiana no Mineirão/Foto: AFP
Forlan e Cavani observam o gol costarriquenho/Foto: Reuters
Forlan e Cavani observam o gol costarriquenho/Foto: Reuters

A onda amarela que invadiu o Mineirão cantou, gritou, xingou e ainda sofreu um pouco, mas saiu em festa na estreia dos cafeteros na Copa do Mundo. Frente a uma valente Grécia, que saiu do seu estilo e chegou a dominar o duelo no primeiro tempo, a Colômbia marcou a sua volta à Copa do Mundo depois de 20 anos com uma bela vitória por 3 a 0.


Ex-lateral do Palmeiras, Armero abriu o placar com um go chorado; Teó Gutiérrez, que herdou a camisa 9 de Falcao García, ampliou; e o toque final do habilidoso camisa 10, James Rodriguez, completou a festa em Belo Horizonte.

Com 57 mil pessoas – 90% colombianos – no estádio, a torcida cafetera aplaudiu e gritou “olé” para seus habilidosos meias e atacantes. Cuadrado e James Rodriguez fizeram ótima partida, com destaque para o canhoto e camisa 10 do Monaco no corta-luz para o gol de Armero logo no início do jogo. Depois, aproveitou passe de calcanhar de Cuadrado e deixou o seu. Na frente, Ibarbo impressionou pela força física e velocidade.

Uruguai começa bem mas leva virada

Os uruguaios dominaram as cadeiras brancas do Castelão para ver neste sábado o início de uma caminhada semelhante à de 1950, quando, numa Copa no Brasil, calou um estádio cheio de brasileiros e levou o Mundial. Não faltaram faixas e camisetas em alusão ao Maracanazo, mas o que se viu foi um Castelazo. Como num roteiro maquiavélico e genial, os papéis se inverteram.

Favorito, o Uruguai cedeu virada de 3 a 1 para a antes pouco expressiva Costa Rica. O Ghiggia dos trópicos se chama Campbell e, como num exército de um homem só, dizimou em 90 minutos uma equipe montada com rigor espartano durante quase uma década por Óscar Tabárez. E que terminou amealhando a antipatia dos anfitriões castigados há 64 anos, numa ironia regada a gritos do mais amarelinho dos “olés”.

Faltou Luis Suárez, que ficou no banco por recuperação de cirurgia no joelho realizada há 23 dias. O ataque até parecia não sentir a ausência. Marcou cedo, aos 23 minutos, com Cavani, em pênalti bem marcado pelo árbitro alemão Felix Brych, um puxão sem cerimônias de Díaz sobre Lugano. Pobre Lugano, aliás. Pobres também foram Godín, Gargano, Arévalo Rios… todos que tentaram marcar um atacante que nem era para estar em campo.

Aos 21 anos, iria perder espaço para Saborio, titular que não foi à Copa por lesão. Ele empatou aos 9 minutos do segundo tempo. A virada veio logo depois, com Duarte, aos 12. No fim, Ureña decretou o placar, em passe magistral, de Campbell. Façanha grandiosa dos “Ticos”, torcedores costarriquenhos que, em minoria, calaram as gargantas confiantes dos charruas, na primeira vitória do país contra campeões do mundo numa Copa.

Neste sábado, ainda jogam Inglaterra e Itália, no encerramento da primeira rodada do Grupo D. O Uruguai enfrenta os ingleses na quinta-feira, às 16h (de Brasília), na Arena Corinthians. A Costa Rica mede forças com os italianos na sexta, às 13h, na Arena Pernambuco.

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