Corpo de advogado morto a tiros no Porão do Alemão é enterrado em Manaus

O enterro do advogado assassinado a tiros foi marcado por homenagens/Foto: Rubemar Oliveira

Foi enterrado, na manhã deste domingo (26), o corpo do advogado Wilson de Lima Justo Filho, de 35 anos, morto com quatro tiros de pistola ponto 40, na madrugada de sábado (25), no bar Porão do Alemão, localizado no bairro São Jorge, Zona Oeste de Manaus. O autor dos disparos foi o delegado plantonista do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Gustavo de Castro Sotero, 40, que está preso. Ele foi autuado por homicídio doloso e lesão corporal.


O corpo do advogado foi velado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Amazonas, bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul, onde foi recebido com aplausos e sob forte comoção. Horas antes, do velório que teve início por volta das 15h50, familiares, amigos e colegas do advogado protestaram em frente à OAB para cobrar justiça.

O enterro do advogado assassinado a tiros foi marcado por homenagens/Foto: Rubemar Oliveira

O enterro aconteceu por volta das 10h, no Cemitério São João Batista, bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Sul da capital. A imprensa acompanhou a cerimônia, onde familiares, amigos e colegas de profissão prestam as últimas homenagens ao advogado e político Wilson Filho. Ele era presidente do Partido da República (PR) em Novo Airão, município distante a 115 quilômetros de Manaus. A vítima que também era praticante de rugby deixou duas filhas pequenas.

O crime

Fabíola Rodrigues, esposa da vítima, pediu justiça durante o enterro/Foto: Rubemar Oliveira

O crime ocorreu por volta das 3h de sábado (25), no Porão do Alemão, Zona Oeste da capital. O advogado Wilson de Lima Justo Filho, de 35 anos, morreu após ser atingido com quatro tiros dentro da casa noturna, durante um desentendimento com o delegado Gustavo de Castro Sotero, de 40 anos, autor dos tiros. Além da morte do advogado, outras três pessoas ficaram feridas, entre elas a esposa da vítima, Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, de 31 anos, que foi atingida na panturrilha esquerda.

Outros dois homens que estavam próximo ao casal também foram baleados. Yuri Paiva, de 45 anos, foi baleado no abdômen e Maurício da Rocha, de 35 anos, foi atingido no dorso esquerdo. Os três sobreviventes foram encaminhados para o Hospital Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, Zona Centro-Sul, onde receberam alta médica.

O delegado Gustavo Sotero foi preso em flagrante por policiais militares e encaminhado ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP). O delegado teve o flagrante convertido para preventiva em audiência de custódia, no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, Zona Sul. Em depoimento, Sotero alegou que matou o advogado em legítima defesa depois que recebeu um soco no rosto, dentro da casa noturna.

Após o crime, a corregedoria do Sistema de Segurança Pública instaurou um inquérito administrativo em torno do caso. Em decisão, o delegado foi afastado das funções inicialmente e teve o porte de arma retirado. Sotero encontra-se preso na sede da Delegacia Geral da Polícia Civil.

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