Corpos de Campos e equipe são liberados do IML de São Paulo rumo a Guarulhos

Carros fúnebres deixam IML-SP/Foto: Roney Domingos
Carros fúnebres deixam IML-SP/Foto: Roney Domingos
Carros fúnebres deixam IML-SP/Foto: Roney Domingos
Comboio nas ruas de São Paulo/Foto: Roney Domingos
Comboio nas ruas de São Paulo/Foto: Roney Domingos

Os corpos de Eduardo Campos e dos seis integrantes de sua equipe que morreram no acidente aéreo em Santos foram liberados do Instituto Médico-Legal de São Paulo, na região da Avenida Paulista, na tarde deste sábado (16).


Os restos mortais seguiam em sete carros funerários (um para cada vítima) escoltados por policiais civis do Grupo de Operações Especiais (GOE) até a base aérea da Aeronáutica em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo.

Quando os veículos saíram, por volta das 16h20, pessoas que se aglomeravam em frente ao prédio do IML central aplaudiram, cantaram o hino nacional e jogaram flores sobre os automóveis.

Segundo a Aeronáutica, três aviões foram disponibilizados para o traslado dos corpos para Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais e Paraná.

Os sete carros fúnebres chegaram à base aérea de Guarulhos pouco depois das 17h. Às 17h20, o primeiro caixão foi levado por militares da Força Aérea de um dos veículos até um avião militar. Cada esquife era carregado por seis homens.

Além de Campos, morreram no acidente o fotógrafo Alexandre Severo e o cinegrafista Marcelo Lyra; o jornalista e assessor de imprensa Carlos Percol; o assessor de campanha e ex-deputado federal Pedro Almeida Valadares Neto; e os pilotos Geraldo Magela Barbosa da Cunha e Marcos Martins.

O acidente que matou Eduardo Campos aconteceu no bairro residencial do Boqueirão, em Santos, na manhã da quarta (13). O jato particular caiu sobre residências e matou os sete que estavam a bordo. Chovia no momento da queda. A Aeronáutica vai apurar as causas do acidente e, em paralelo, a Polícia Civil também irá apurar o caso para buscar possíveis responsáveis.

Identificação

No fim da manhã deste sábado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi ao IML para acompanhas, junto de familiares das vítimas, o fim dos trabalhos dos peritos.

Uma equipe de 34 especialistas trabalhou na identificação dos mortos, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Quatro peritos da Polícia Federal (PF) também apoiam os trabalhos. A realização dos exames de DNA ficou sob a responsabilidade de dez peritos criminais do Instituto de Criminalística (IC), especialistas em genética forense.

Na noite de sexta-feira (15), o governador de Pernambuco, João Lyra Neto, esteve no IML e afirmou que o velório de Campos começará assim que o corpo chegar, na noite deste sábado, ao Recife. Uma missa está prevista para as 10h de domingo (17). O funeral segue até o sepultamento marcado para as 17h00, no Cemitério Santo Amaro, onde está enterrado o avô de Campos, Miguel Arraes.

Perfis genéticos

A demora na liberação dos corpos ocorreu por causa do estado em que se encontravam os restos mortais. “Os corpos estão totalmente dilacerados, infelizmente”, disse o líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque.

Para a identificação, foram necessários os perfis genéticos de familiares das sete vítimas. Eles foram feitos a partir de material coletado dos parentes e, então, comparados com o DNA detectado nos restos mortais.

O último material genético a ser analisado, o da família do piloto Geraldo Cunha, de Minas Gerais, chegou na sexta. Após a identificação dos restos mortais, foi emitido o atestado de óbito, e os corpos puderam ser liberados.

Arcada dentária

O dentista de Campos, Fernando Cavalcanti, também compareceu ao IML de São Paulo na madrugada de quinta levando radiografias e um molde da arcada dentária do candidato.

“Infelizmente não encontraram corpos. Foi impossível identificar porque não temos a arcada dentária pelo estrago que estava”, disse o dentista. “Levei a documentação radiográfica completa, mas infelizmente a explosão foi muito grande e sobraram apenas restos.”

Outro presente foi Francisco Sacramento, da Polícia Científica de Pernambuco, que trabalhou no acidente envolvendo o voo da Air France, em 2009.

Artigo anteriorFucapi quer difundir Guaraná de Maués com selo mais protegido
Próximo artigoCom show de Douglas, Vasco bate Ceará e encosta na liderança da série B

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui