Corte da subjetividade – Por Max Diniz Cruzeiro

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

O Corte da subjetividade é a renúncia da expressão no instante em que o fluxo de pensamentos é desencadeado, a fim de fazer com que um indivíduo reflita seu pensamento antes de colocar informações no ambiente que possa afetar a si próprio e/ou a outros seres ou ao ambiente. Difere da Destituição subjetiva por ser uma inflexão pontual, onde se fornece uma barreira que não deixa que um fluxo contínuo de informação seja desencadeado ambientalmente, que se destitui na fase seguinte pela troca perceptiva.


Parte de um princípio de auto-observação em que os pensamentos se projetam, por exemplo, por intermédio de uma comunicação, que pode ser a fala, ao mesmo tempo uma gestão das consequências que poderão ser desencadeadas em um instante hipotético seguinte, caso o fluxo de informações continue a ser perseguido, no qual o indivíduo fortalece a pulsão de sua vontade para discordar dos fatores interativos, e como consequência direta ocorre o rompimento da expressão e um retorno para a subjetividade onde sofisticamente se constrói diques que impeçam que os argumentos continuem válidos dentro da porção psíquica.

Então decorre de uma fase inicial de introspecção, onde o indivíduo tenta se ajustar a nova visualização da demanda cerebral. Fica claro um período de inação, ou ausência de atividade, que objetiva pacificar a mente diante deste processo.

Porém quando novos traços mnêmicos são formados, e o resgate na memória de novas práticas de comportamento são capazes de moldar o ser humano para se ativar dentro da escala e frequência correta que irá irromper no fluxo de pensamentos, como uma comunicação expressa em que o sujeito se sinta “concordante” e tem interesse em repercutir uma “mensagem” no que diz respeito à série de informações desencadeadas.

Há que pensar também que o rompimento de um fluxo programático de informações há um retorno de energia, que deve ser deslocado para outro centro. Quando um indivíduo não consegue abastecer de forma uniforme estas economias transacionais, a consequência natural é um empoderamento cerebral, no qual uma identificação projetiva passa a comandar o cérebro humano, podendo produzir alucinações, devaneios ou delírios, enquanto o cérebro não entra na sua fase homeostática.

Este efeito quando colocado em uma via de expressão pode ser confundido como desordem cerebral, no qual o indivíduo deve ter um cuidado restrito, para não ser enquadrado dentro de um quadro psicopatológico, vindo a se tratar apenas de um episódio pontual onde sua mente caminha para um controle, através de um ajuste homeostático.

O corte da subjetividade é necessário todas as vezes que o desencadeamento pela via de expressão de uma informação pender para uma esfera de ampliação do conflito, percebida como uma forma de expressão que amplia a desordem de degradação social. Mas é algo inerente ao próprio sujeito, onde ele deve acionar o seu superego para que o evento desagregador seja contido e o ambiente possa retornar à normalidade.

A intervenção por parte de um terceiro diante de uma expressão de pelo menos um indivíduo que irrompa fluxos de raciocínios que desestabilizam o agrupamento social, é o exercício do poder de polícia e deve ser praticado dentro das atribuições e funcionalidades do indivíduo observador que zele por algum princípio universal.

Caso contrário pode ser interpretado como uma manifestação contrária ao exercício do livre arbítrio de manifestar pela liberdade a expressão do pensamento conforme a vontade de um indivíduo. O que pode gerar a impressão de impedimento, e como tal, ampliador do conflito que polariza e segmenta opiniões para gestarem raciocínios em formação de forma antagonizada.

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

O corte da subjetividade não deve ser perseguido com frequência, em vez disto um indivíduo que esteja em plenas condições de suas faculdades mentais, deverá organizar a sua mente para que ela tenha um tipo de indexação, hierarquização de objetivos, metas a realizar que não sejam percebidas como concorrentes e dentro de um ordenamento que permita todas as partes cerebrais se intercomunicarem sem a necessidade de canibalização de energia.

O cérebro humano é constituído de 4 grandes regiões parcialmente conectadas (lobos cerebrais), nem sempre é possível que todas as partes do cérebro humano possam desenvolver ao mesmo tempo, quando uma área ou região entra em conflito com outra, é como se um processo de escolha, em que uma identificação do indivíduo, deva gestar qual a área cerebral, em face de escassos recursos de energia, deve trabalhar a sua carga, para que as quantidades de energia sejam deslocados para o desenvolvimento mais necessário para o momento do setor correspondente do cérebro humano.

Por outro lado, quando uma área escolhida para que um maior fluxo de energias seja deslocado para a região, o avanço significativo gera uma descompensação em outra porção cerebral, isto sinaliza uma necessidade de ruptura da tendência de assimilação e aprendizado, no qual exige que uma pessoa passe a gestar um outro tipo de informação que permita, que o corte da subjetividade, seja encaminhado para outra área do cérebro humano a fim de que o exercício físico da região acompanha o processo evolutivo das outras áreas já desenvolvidas primariamente.

O corte também é necessário quando o indivíduo se situa numa zona de conflito de forma estacionário.
Exigindo deste compromisso com outras perspectivas e valores que sua conduta possa gestar a fim de que este, saia do padrão de sofrimento e aproximação do aniquilamento.

O cuidado que uma pessoa deve ter com o corte da subjetividade é chegar à conclusão de que a barreira somática estabelecida deve ser ultrapassada, por um instanciamento voltado para o Realce que impede o indivíduo perceber o vício pela rotina que não encontra mais bloqueios para que a sequência tome outro rumo mais benéfico ou positivo.

Fraternalmente,

Max Diniz Cruzeiro

 

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