Covid-19 pode ter matado até 180 mil profissionais de saúde no mundo, diz OMS

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A covid-19 afetou gravemente os profissionais de saúde e pode ter matado entre 80 mil e 180 mil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Esses trabalhadores devem ser priorizados para vacinas, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que criticou a injustiça na distribuição dos imunizantes.

As mortes ocorreram entre janeiro de 2020 e maio deste ano.

Mais cedo, outro funcionário do alto escalão da OMS alertou que a falta de vacinas poderia fazer com que a pandemia continuasse no ano que vem.

Existem cerca de 135 milhões de profissionais de saúde em todo o mundo.

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“Dados de 119 países sugerem que, em média, dois em cada cinco profissionais de saúde em todo o mundo estão totalmente vacinados”, disse Tedros.

“Mas é claro que essa média mascara enormes diferenças entre regiões e agrupamentos econômicos.”

Menos de um em cada 10 profissionais de saúde foi totalmente vacinado na África, disse ele, em comparação com oito em cada 10 em países de alta renda.

A falha em fornecer vacinas suficientes aos países mais pobres havia sido destacada anteriormente pelo epidemiologista Bruce Aylward, conselheiro-sênior da OMS.

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Em sua visão, isso significa que a crise de covid poderia “facilmente se arrastar até 2022”.

Menos de 5% da população da África foi vacinada, em comparação com 40% na maioria dos outros continentes.

A grande maioria das vacinas contra a covid foi usada em países de renda alta ou média alta. A África é responsável por apenas 2,6% das doses administradas globalmente.

A ideia original por trás da Covax, o programa global apoiado pela ONU para distribuir vacinas de maneira justa, era que todos os países seriam capazes de adquirir vacinas de seu pool, incluindo os ricos.

Mas a estratégia foi prejudicada quando a maioria dos países do G7 (o grupo das maiores economias do mundo) começou a fazer seus próprios acordos individuais com empresas farmacêuticas.

BBC

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