Covid fez Brasil bater recorde de mortes em 2020

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As mortes causadas pela covid-19 fizeram o país bater o recorde de registros de óbitos em 2020. Ao todo, no ano passado, 1.513.575 pessoas morreram, quase 200 mil a mais que no ano de 2019 —alta de 14,9%. Os dados constam nas Estatísticas do Registro Civil, levantamento divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O aumento de mortes acima da média de alta populacional já era conhecido por conta das mortes de covid-19.


Entretanto, os dados do IBGE mostram como o aumento de óbitos impactou de maneira diferente as regiões do país, com destaque negativo para o Norte.

Segundo os dados, o Amazonas teve um aumento de 32% no número de óbitos em 2020, seguido pelo Pará (28%) e por Mato Grosso (27%). Imagem: IBGE “O aumento substantivo observado em 2020 está concentrado entre as pessoas com 60 anos ou mais de idade. Para as idades abaixo de 20 anos, observou-se redução dos óbitos entre 2019 e 2020”, diz o IBGE. Seguindo tendência registrada nas últimas décadas, mais brasileiros estão morrendo mais velhos.

Em 2020, por exemplo, 61,6% dos óbitos foram de pessoas com 65 anos ou mais, e apenas 2% das mortes eram de crianças de até 5 anos. Em 1980, por exemplo, essas taxas eram de 33% e 28,2%, e em 2000, de 48,8% e 6,9%, respectivamente.

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Por conta da maior letalidade entre os homens, 2020 teve um impacto maior entre pessoas do sexo masculino: as mortes entre eles subiram 16,7% e entre elas, 12,7%.

Bebês e crianças morrem menos

Uma boa notícia em meio à tragédia gerada pela pandemia é que a mortalidade infantil apresentou queda: o número de óbitos dos menores de um ano de idade caiu 13,9% entre 2019 e 2020.

“Esse fato pode estar relacionado tanto à diminuição dos níveis de mortalidade nessa faixa etária quanto ao menor número de filhos nascidos no último ano.

Para os óbitos das crianças entre 1 e 4 anos de idade as reduções foram ainda mais significativas de 23,7%”, diz o IBGE.

Das mortes entre todas as idades no país, 90,8% foram naturais e 6,6% por causas externas (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais etc.). Outras 2,6% tiveram a natureza do óbito ignorada.

No caso das mortes por causas externas, os homens lideram: foram 84 mil óbitos, contra 15 mil de mulheres. Nesse caso, o jovem do sexo masculino é a maior vítima. Entre 15 e 24 anos, 65% das mortes ocorrem por causa não natural (29% entre mulheres), chegando a 84% na Bahia. Entre 24 e 34, essa taxa ainda é alta: 50% (17% entre as mulheres).

Quando se consideram as mortes por causas externas a sobremortalidade masculina nos adultos jovens se acentua. Em 2018, a sobremortalidade masculina por causas não naturais no grupo de 20 a 24 anos de idade foi de 10,7 vezes a feminina. Em 2019, esse valor se reduz para 9,5 reflexo da redução das mortes por causas externas nesse ano, e mantém-se estável em 2020 (8,6).

Fonte: UOL

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