O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado estadual Abdala Fraxe (PTN), juntamente com os demais membros receberam, na tarde de ontem (06), representantes da Rede “Um grito pela vida” e do Movimento Nacional dos Direitos Humanos do Amazonas, entidades que integram a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, onde se concentram os trabalhos da CPI.
A coordenadora da Rede “Um grito pela vida”, Rosilei Bertoldo, que atua no enfrentamento ao tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, apresentou um estudo feito em 14 municípios do Estado. De acordo com ela, grande parte dos relatos dá conta de que a exploração, a maioria por meio da pedofilia, é a porta de entrada para o tráfico de pessoas.
“A exploração sexual é uma realidade muito presente nos municípios. Queremos dar maior visibilidade a essa prática para que a mesma seja combatida e também garantir o fortalecimento da rede de proteção às vítimas”, disse a coordenadora.
O conselheiro do Movimento Nacional dos Direitos Humanos no Amazonas, Renato Souto, que acompanha os trabalhos da CPI da Pedofilia do Congresso Nacional, esclareceu aos membros da CPI da Aleam como funciona o acolhimento das vítimas de pedofilia e exploração sexual no Amazonas e a destinação aos serviços de proteção. “É fato de que muita coisa ainda precisa melhorar e por isso estamos aqui para contribuir”, reforçou.
O presidente da CPI destacou a importância de poder contar com a parceria da rede de proteção às vítimas, uma vez que a mesma dispõe de orientações e informações sobre o recebimento de denúncias e acompanhamento das vítimas. Ao final, o deputado Abdala Fraxe e os demais membros da comissão fecharam o cronograma das próximas reuniões.
