Crianças waraos devem ter direito à educação garantida

Foto: Reprodução

“Queremos garantir aos nossos filhos o direito à educação formal e que possam concluir seus estudos, tornando-se profissionais indígenas”, diz a professora warao, Daisy Josefina Pérez Valdez, professora warao. A educadora se dedica à educação de crianças e adultos do seu povo.


De acordo com a professora, o povo warao reivindica o pleno acesso ao direito educacional, desde a educação básica ao ensino superior. “Nessa luta, buscamos, no Brasil, o direito a escolas onde se cultivem a pedagogia warao, assim como o reconhecimento dos direitos linguísticos”, afirma.

Para reivindicar do Conselho Municipal de Educação de Manaus (CME) e do Conselho Estadual de Educação Indígena do Amazonas (CEEI-AM) a formulação de resoluções que garantam os direitos educacionais aos povos indígenas independentemente do país de origem, várias organizações se uniram para esse diálogo. São elas o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), as Aldeias Infantis SOS Brasil, a Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (Copime), o Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (MEI-AM), o Fórum de Saúde e Educação Escolar Indígena do Amazonas (Foreeia), a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

E como resultado, o Conselho Municipal de Educação de Manaus publicou a Resolução 191, em 27 de dezembro de 2021, que assegura os direitos educacionais a todos os povos indígenas de outras nacionalidades, residentes em Manaus, independentemente do país de origem e que esses direitos são equivalentes aos direitos educacionais dos povos indígenas brasileiros.

Desse modo, a Resolução 191 é um exemplo que deve ser seguido pelos demais Conselhos de Educação no País e se constitui como uma resposta efetiva no caminho da garantia dos direitos dos povos indígenas. Segundo o presidente do Conselho Municipal de Educação de Manaus Tiago Silva, o povo warao solicitou essa demanda por meio do Conselho Estadual de Educação Indígena, na garantia de direitos educacionais em 2021. “A Resolução nasce para garantir direitos educacionais aos povos indígenas, que inclui também outras nacionalidades.

Assim, inicia-se uma nova história dentro da educação não apenas na capital, mas como referência para outros municípios do País”, explica.

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