Agência Brasil
A criação de empregos formais no Brasil teve o pior mês de março desde 2002, de acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregado) divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Ministério do Trabalho. Ao todo, foram criados 13.117 postos de trabalho com carteira assinada, um resultado bem abaixo do alcançado em fevereiro, quando foram criadas mais de 260 mil vagas.
Segundo o ministério, “após sete meses consecutivos de crescimento mais favorável, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, o nível de emprego em março apresentou uma expansão modesta de 0,03%”.
São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram os Estados que tiveram os melhores saldos (diferença entre a quantidade de trabalhadores contratados e demitidos). Por outro lado, Mato Grosso, Pernambuco e Alagoas tiveram resultado negativo. O primeiro por causa da soja e do comércio e os dois Estados do Nordeste por causa da cana-de-açúcar.
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Em relação aos setores, os serviços (com 37.453 contratações) e a indústria da transformação (5.484 vagas formais) tiveram o melhor resultado absoluto em março. O comércio (com 26.251 postos fechados) e agropecuária (com 5.314 vagas a menos) foram os que tiveram o pior resultado.
Salários
No primeiro trimestre de 2014, os salários médios reais de admissão apresentaram um aumento real de 2,49%, em relação ao mesmo trimestre de 2013, ao passarem de R$ 1.138,46 em 2013, para R$ 1.166,84 em 2014, tomando como referência o INPC/IBGE médio do primeiro trimestre de 2014.
O salário das mulheres subiu mais do que o dos homens. Segundo o Caged, o percentual de aumento real do salário médio de admissão para as mulheres foi de 2,72%, ligeiramente superior ao dos homens (2,51%).
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