Crime de homicídio do médico Egídio Correa é elucidado com prisão dos envolvidos

Quadrilha de matadores do médico oftalmologista/Foto: Sérgio Augusto

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), da Polícia Civil do AM, apresentou na manhã de hoje, quinta-feira (02), durante coletiva de imprensa realizada no auditório da Delegacia Geral, quatro homens e uma mulher envolvidos no homicídio do médico oftalmologista Egidio Correia Lira Junior, ocorrido no dia 01 de novembro deste ano.
José Altair Da Silva Cunha, de 48; Dennes do Nascimento Araújo, de 41, conhecido como “Brow”; Weverton Fernandes Marques, de 19, o “Nóia”; Cleuson Araujo Viana, de 26, conhecido como “Ômega”, e a companheira dele, Jailly Contreira de Souza, de 23 anos, foram presos no início desta semana, entre os dias 01 e 02 de dezembro, em cumprimento a mandados de prisão, expedidos pelo juiz do 1º Tribunal do Júri, Eliezer Fernandes Júnior.


Durante a coletiva, o delegado titular da DEHS, Ivo Martins, informou que José foi o primeiro envolvido a ser capturado pela polícia. A prisão ocorreu na última terça-feira, dia 1º, por volta das 19h, em via pública, na Rua José Romão, bairro Novo Aleixo, zona Norte da cidade. O homem, segundo Martins, é considerado o mandante do homicídio do médico. No momento da captura, ele se deslocava ao encontro de Dennes e Cleuson, os quais receberiam dele uma determinada quantia em dinheiro.

Em seguida, no mesmo dia, após o encontro frustrado, Dennes e Cleuson foram presos em diferentes residências, localizadas no Beco Brasil, bairro São Lázaro, zona Sul. Por último, os policiais prenderam Jailly na casa onde ela mora, situada na Rua Samarino, bairro Nova Cidade, zona Sul. Na quarta-feira, dia 2, Weverton Fernandes Marques, 19, foi preso no apartamento dele, situado na Rua José Romão, bairro Novo Aleixo, zona Norte.

De acordo com Ivo Martins, José declarou, em depoimento na delegacia, que praticou o crime porque sentia ciúmes da relação entra a esposa dele e Egídio. A mulher possui uma ótica, situada no bairro Centro, zona Sul, e em razão disso, tinha uma parceria com o oftalmologista, sendo assim, o médico recomendava a loja dela aos pacientes, enquanto ela indicava os serviços dele. “José ficou preso por duas semanas, em julho deste ano, período em que Egídio e a mulher teriam se aproximado mais”, explicou Martins.

A justificativa, no entanto, segundo o delegado, não convenceu a polícia, a qual acredita que a verdadeira motivação do crime esteja relacionada às questões financeiras do próprio negócio.

“Nós não acreditamos totalmente na hipótese de crime passional. Encontramos R$ 830 mil em cheques, roubados em 2004, na casa de Egídio, que podem ter servido para lastrear algum negócio dele com José, principalmente relacionado à ótica, na qual eles foram sócios durante um período. Portanto, a polícia acredita, efetivamente, que o crime possa estar relacionado a esses cheques”, afirmou o delegado, destacando que as investigações sobre o caso terão continuidade.

Conforme os investigadores que participaram das diligências, foram apreendidos na residência de Jailly, munições de diversos calibres, uma pistola calibre 40, uma pistola calibre 380, e um revólver calibre 38, sendo que este último foi utilizado no homicídio do médico.

Ainda segundo a equipe, também foram encontrados dois relógios e um aparelho oftalmoscópio, pertencentes à vítima. O veículo Gol que foi utilizado no primeiro roubo a Egídio, bem como no dia do homicídio, também foi apreendido ontem em uma residência, situada no conjunto Mutirão, bairro Novo Aleixo, zona Norte. O automóvel tem restrição de roubo, conforme informações da polícia.

Os cinco envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado, roubo e associação criminosa. Após os procedimentos legais, os quatro homens serão encaminhados à Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa. A mulher será encaminhada para o Centro de Detenção Provisória Feminino (CDPF).

Serviço Terceirizado

De acordo com o delegado Ivo Martins, José primeiramente contratou Cleuson para matar Egídio que, por sua vez, chamou Weverton e Dennes para auxiliá-lo na prática do crime, sob a promessa de pagamento de uma quantia no valor de R$ 10 mil.

O corpo de Egídio foi encontrado por uma guarnição da Polícia Militar, na manhã do dia 1º de novembro deste ano. A vítima estava no banco traseiro de um veículo Ford Ranger, cor prata, de placa JXN-9631, que foi abandonado na Avenida Norte Sul, bairro Gilberto Mestrinho, zona Leste da cidade.

“No dia do ocorrido, Cleuson dirigiu o veículo Gol até a residência de Egídio. No local, Weverton e Dennes desembarcaram do automóvel e renderam a vítima, a qual foi obrigada a entrar no próprio carro. Durante o trajeto, Weverton disparou três vezes contra o médico”, explicou o delegado.

Armas utilizadas pelo bandidos no cometimento do crime/Foto: Augusto Sérgio
            Armas utilizadas pelo bandidos no cometimento do crime/Foto: Augusto Sérgio
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