Cuidar do nosso Planeta, nossa Casa( Por Raimunda Gil Schaeken)

Professora Raimunda Gil Schaeken (AM)

“Nosso modelo de sociedade está baseado no consumo e na aparência. Para suprir essas necessidades, sacrificamos a Casa Comum, que é o espaço em que habitamos” (Texto-Base da CFE, nº 28)
O cuidado com a criação é uma busca pela justiça, sobretudo nos países pobres e em situação de vulnerabilidade social. A campanha da Fraternidade sempre propõe uma reflexão a partir de um problema específico da fragilidade humana. Este ano trata da ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país. A temática está em sintonia com a Encíclica do papa Francisco “Laudato Si: cuidar da Casa Comum”, que tem chamado a atenção para o atual modelo de desenvolvimento que ameaça a vida e destrói a biodiversidade.


O abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, controle de meios transmissores de doenças e drenagem de águas pluviais, são necessários para que haja saúde e vida dignas para a população. A dupla combinação entre água e esgoto é uma condição para erradicar a pobreza e a fome, bem como reduzir a mortalidade infantil e dar sustentabilidade ambiental. Segundo a UNICEF e dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 2,4 bilhões de pessoas ficaram sem acesso ao saneamento de qualidade em 2015.

O Brasil ocupava, em 2011, a 112ª posição mundial no que se refere ao item saneamento básico. O índice de Desenvolvimento do Saneamento no brasil foi de 0,581, inferior a algumas nações do Norte da África, do Oriente Médio e América Latina. Mas a responsabilidade pela Casa Comum é de todos, ou seja, dos governantes e da população. Nesse sentido, uma ação prática das Igrejas cristãs, segundo o objetivo da CFE, é mobilizar a população dos municípios para reclamar planos de Saneamento Básico e exercer o controle social sobre sua execução. “Assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa casa Comum” (Texto base, n. 26).

Hoje, as preocupações no campo do saneamento passam a incorporar não só questões de ordem sanitária, mas também de justiça social e ambiental. E seu conceito passa a ser entendido de duas maneiras: saneamento básico e saneamento ambiental.(Raimunda Gil Schaeken – Tefeense, professora aposentada, católica praticante, membro efetivo da Associação dos Escritores do Amazonas – ASSEAM e da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas – ALCEAR.)

OBS.: No próximo domingo, continuaremos com o assunto; aguardem!

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