Na corrida para articular os candidatos para as eleições em outubro deste ano, a situação do senador Omar Aziz (PSD) é bem emblemática, de acordo com interlocutores. Tudo por conta da desconfiança dos que se dizem seus aliados, aliás, a situação de Omar é bem parecida com a qual vive o seu colega de senado, Eduardo Braga (MDB).
De acordo com informações colhidas junto a políticos e grupos políticos, Omar vem “correndo da sala para a cozinha” para conseguir compor um grupo ou uma força que o ajude a se manter na corrida eleitoral que garanta a base, pelo menos, para sua reeleição ao senado em 2022 ou, em uma possível virada de mesa, a sua candidatura ao governo em 2018. Mas o mais importante agora, é escapar do isolamento político imposto ao seu colega de Casa.
O problema são as denúncias que recaem sobre ele e que, segundo os próprios aliados, também, devem atingir outro membro da família, a esposa Nejmi Aziz.
Não é segredo para ninguém que o nome de Omar já figura entre os investigados da operação “Lava Jato” e mais recentemente, o Ministério Público Federal, também, confirmou que ele, Omar, vai ser investigado na “Operação Maus Caminhos” por envolvimento em desvio de recursos públicos.
Por conta dessas citações e suposto envolvimento, o primeiro ‘Não’ que Omar pegou foi do prefeito Arthur Neto (PSDB). Arthur não fala e nem explica, mas pessoas próximas a ele dizem que se juntar a Omar, é pura “queimação de filme”. O governador Amazonino Mendes (PDT), também andou dizendo um sonoro ‘não’ a Omar, que nesse momento, estaria batendo às portas do presidente da Aleam, David Almeida (PSD).
Detalhe: foi Omar quem primeiro teve ideia de lançar o nome de Amazonino, na eleição suplementar do ano passado. Por sua vez, David não confia em Omar, mas mesmo assim aceitou conversar. O presidente da Assembléia Legislativa está só esperando a ‘abertura da janela partidária’ para sair do PSD, que hoje é comandado no Amazonas por Omar. Portanto, resta a Omar procurar Eduardo Braga e ambos darem o último tiro no pé.
