
Culminando com recentes escândalos de corrupção e mala de dinheiro às vésperas das eleições municipais, o promotor Carlos Almeida pede a destituição de Sinésio Campos da presidência do PT-Amazonas.
O pedido foi enviado para a presidência da Comissão Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, em Brasília.
Em sua solicitação, Carlos Almeida relata que o PT é um dos poucos partidos que luta pelos direitos fundamentais. “Neste contexto, quando o Presidente Estadual do PT-AM subscreve a aprovação de projeto de lei que criminaliza moradores de ocupações Irregulares, está afirmando uma posição institucional do Partido dos Trabalhadores dada sua posição de dirigente, dando recado claro de que, ao menos aqui no Amazonas, o PT pensa da mesma forma que o PL – propositor do projeto (PL nº 972/2023, proposto por Débora Menezes, do PL). E isso é um absurdo!”, diz trecho do documento.
De acordo com Almeida, a proposta em questão é preconceituosa, além de inconstitucional.
“O partido tem o dever de combater, como, em especial, de militar contra, pelo caráter pedagógico que tal representa. Contudo, ao contrário do esperado, mais uma vez, o Presidente do PT-AM atua contra os princípios institucionais do Partido e vota por sua aprovação”.
Para reiterar sua solicitação, Almeida observa que a Executiva Nacional do PT leve em consideração a Representação em razão das violações estatutárias (ART. 227, I e IV), por Sinésio, aplicando-lhe a penalidade.
Vale ressaltar que, recentemente, o nome do parlamentar Sinésio Campos esteve envolvido em casos de corrupção envolvendo o processo eleitoral, com envolvimento de sua assessora no transporte suspeito de valores não declarados.
Defensor
Carlos Almeida é conhecido por sua defesa vigorosa dos direitos dos mais vulneráveis, e, segundo ele, o PL 972/2023 é um exemplo de como a política local está falhando em proteger as pessoas em situação de fragilidade. O defensor público reiterou que medidas como essa intensificam as desigualdades sociais e enfraquecem o papel do Estado em garantir o bem-estar social.
Por fim, Almeida pediu uma revisão imediata do projeto de lei e sugeriu uma mudança urgente na liderança do Partido dos Trabalhadores no Amazonas, buscando garantir que o partido siga firme na defesa da justiça social.