Delegada afirma que não há provas para indiciar Neymar por estupro

Neymar no Mineirão durante a semi-final da Copa América - Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Um dia após a conclusão das investigações sobre a acusação da modelo Najila Trindade contra o jogador Neymar Júnior, a delegada Juliana Lopes Bussacos afirmou que não vê indícios suficientes para indiciar o jogador pelo crime de estupro. “Analisei todas as possibilidades, mas não vi indícios suficientes de autoria. Não chegamos à conclusão que ocorreu estupro nem agressão”, afirmou em coletiva realizada nesta terça-feira (30).


Apesar de não ver indícios que indiquem a autoria pelo crime de estupro, Bussacos disse que a “delegacia da mulher está de portas abertas para acolher mulheres que queiram fazer denúncias”. Segundo a delegada titular da 6ª Delegacia da Mulher de Santo Amaro, as mulheres serão acolhidas, mas os fatos serão apurados.

A delegada afirmou que Najila Trindade foi ouvida três vezes e Neymar, uma. Foram juntados aos autos do inquérito policial laudo sexológico, laudo de exame de corpo de delito indireto, a ficha de atendimento médico do hospital Pérola Byington, ficha de atendimento médico referente à consulta com ginecologista particular, laudo do celular e do tablet, que teriam sido entregues espontaneamente pelo ex-marido.

“Deliberei por não indiciar o investigado por ausência de elementos”, afirmou Bussacos. A delegada disse, também, que as imagens da câmera do hotel de Paris (França), que segundo o advogado de Najila poderiam mostrar se ele estaria embriagado ou agressivo, não foram anexadas ao inquérito. “Analisando o conjunto probatório essas imagens não são consideradas indispensáveis”, argumentou.

Neymar no Mineirão durante a semi-final da Copa América – Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

A delegada não contou, porém, quais foram os elementos que faltaram à investigação para indiciar Neymar. “Não posso entrar nas minúcias da investigação nem nos detalhes das oitavas”, disse.

Em relação ao suposto crime de agressão, a delegada afirmou que ele estaria relacionado ao crime de estupro e que, segundo ela, considerando todo o conjunto probatório não seria suficiente para indiciar o investigado. “A lesão corporal é absorvida é apurada no estupro. O estupro absorve a lesão corporal”, disse.

A conclusão das investigações dos agentes de segurança pública ocorreu na segunda-feira (29), quando o órgão decidiu não indiciar Neymar pelo crime de estupro. Agora, o MP (Ministério Público) terá 15 dias para se manifestar sobre a decisão policial, assim como as promotoras do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica que acompanham o caso podem pedir novas investigações, arquivar ou até mesmo oferecer nova denúncia.

Os demais fatos que possuem relação com a acusação de estupro continuam sendo investigados pelo 11° DP, em Santo Amaro. Está aberto um inquérito de crime contra o patrimônio pelo furto de um tablet, onde segundo Najila, estariam as provas pelo suposto estupro. Pela mesma delegacia é investigada a denúncia de extorsão e denunciação criminosa, realizadas pelo jogador e pelo pai. Ambos os inquéritos não foram concluídos e seguem sob sigilo.

Fonte: R7

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