Denúncia de propina leva deputado a cobrar fiscalização para gasoduto Coari-Manaus

Gasoduto Coari-Manaus, em obras/Foto: Arquivo
Gasoduto Coari-Manaus, em obras/Foto: Arquivo
Gasoduto Coari-Manaus, em obras/Foto: Arquivo

A denúncia de pagamento de propina durante a execução das obras do gasoduto Urucu (Coari) – Manaus), alvo de investigação na Operação Lava Jato pela Polícia Federal, foi destacada, na manhã de ontem (18), pelo deputado estadual Sidney Leite (PROS), líder do governo na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas,

Segundo parlamentar é preciso uma investigação para saber até que ponto o fato interfere no preço do produto e que prejuízos pode apresentar para a Cigás, concessionária controlada em partes pelo Governo do Estado, e para a sociedade.


Leite afirmou que irá encaminhar um requerimento a Cigás e a Eletrobrás Amazonas Energia solicitando valores referentes ao produto e os motivos do gás não chegar a municípios como Manacapuru e Coari, por exemplo. O parlamentar irá solicitar informações também ao Tribunal de Contas da União (TCU).

Em seu discurso no plenário da Aleam, o deputado lembrou que o gasoduto Coari-Manaus deveria ter começado a funcionar em 2008, mas só entrou em operação um ano depois e teve o valor da obra dobrado de R$ 2,4 bilhões para R$ 4,4 bilhões.

“Naquele momento eu já alertava para o aumento dos preços praticados bem como dos valores que praticamente dobraram. E agora o que a gente vê é que o gasoduto Coari-Manaus não ficou fora do esquema de corrupção de propina”, comentou.

O gasoduto nasceu com o objetivo de aumentar a oferta de gás para a geração de energia na região Norte do país, que hoje consiste basicamente na energia hidráulica.  Com a deflagração da operação Lava Jato pela Polícia Federal que investiga os esquemas de corrupção envolvendo a Petrobras, o pagamento de propina em obra do gasoduto Coari-Manaus passou a ser investigado.

“Estou providenciando um requerimento para solicitar informações junto a Cigás e Amazonas Energia para saber por que municípios importantes não foram atendidos pelo gás, haja a vista que o modelo praticado hoje tem problemas não só de cunho ambiental, mas tem problemas sérios de manutenção. Se não fosse isso não teríamos vários problemas de apagões no interior do Estado”.

Artigo anteriorSeul comemora resolução da ONU para julgar crimes da Coreia do Norte
Próximo artigoBando envolvido com drogas e armas de fogo é preso, em Iranduba

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui