
Por: Gilberto Dimenstein
Ao contrário do que previa o presidente Jair Bolsonaro, as rodovias federais registraram aumento no número de acidentes, mortos e feridos, após o desligamento de cerca de 2.500 radares.
Enquanto no período de 1º de janeiro e 31 de março deste ano houve redução de 4.152 acidentes – representando queda de 21% em relação ao mesmo período de 2018 -, no período entre 1º de abril e 31 de julho ocorreram 824 acidentes a mais.
Caso a tendência do primeiro trimestre tivesse sido mantida, a estimativa era de que ocorresse aproximadamente 6.000 acidentes a menos, entre abril e julho.
Foi o pior erro na vida de Jair Bolsonaro – e os dados são da Polícia Rodoviária Federal.
Afinal, uma decisão errada do presidente acarretou mortes e ferimentos, apesar de todas as advertências.
Depois da a retirada de radares de estradas federais do País em agosto, cresceu o número de mortos e feridos em acidentes nas rodovias, De agosto a outubro, o total de mortos aumentou 2%; feridos, 9,1% – a comparação é com o mesmo período de 2018. Nas rodovias federais, a tendência era de queda desde 2011.
De janeiro a março deste ano, a queda de mortes foi 7% ; de 4,3% nos feridos – mais uma vez comparando com o ano anterior. De abril a julho, quando foi suspensa a instalação de equipamentos fixos de fiscalização, o total de mortes acresceu 2,7%.
A boa notícia é que, diante da irresponsabilidade de Bolsonaro, a Justiça mandou voltar os radares.
Tudo isso por que Bolsonaro sustentou, sem base, a teoria conspiratória de que os radares só existiam para sustentar a “indústria da multa”.