Em visita oficial ao Amazonas, a embaixadora da Áustria no Brasil, Marianne Feldmann, acompanhada de seu esposo, Alejandro Orellana, conheceu as instalações da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã de hoje, segunda-feira (24), sendo recebida pela deputada estadual Conceição Sampaio (PP), que representou o presidente da Casa, Josué Neto (PSD).
“Essas relações internacionais fazem a diferença. A Áustria é um país que detém excelência em educação, cultura e turismo, tem nomes consagrados em diversas áreas do conhecimento, e estreitar essa relação é a certeza de que podemos produzir o know-how de um dos países mais ricos do mundo, com uma economia fortalecida, que faz parte da União Europeia e que busca parcerias com o Brasil”, avaliou Conceição Sampaio.
E acrescentou que a embaixadora Marianne Feldmann tem um trabalho social, a qual intenciona que a região Norte também possa ser contemplada por programas científicos importantes. “Aproveitei a oportunidade para falar da nossa Universidade do Estado do Amazonas (UEA), pois essas parcerias acontecem geralmente com instituições de ensino federais, o que é muito importante, mas o Estado do Amazonas, que tem uma geografia diferenciada, que tem uma situação logística complexa, também precisa que nossa universidade estadual possa ser ouvida, para que tenhamos essa troca de experiências mais fortalecida”, enfatizou a parlamentar, ao concluir que a mudança da realidade local exige a busca de conhecimento, de um novo olhar para a educação.
Marianne Feldmann, que pretende visitar todos os Estados brasileiros, disse que o Amazonas sempre teve uma relação muito especial com a Áustria, por ser o Brasil um dos primeiros a receber naturalistas que chegaram ao país no início do século XIX, ao citar Johann Natterer, zoólogo da expedição trazida por ocasião do casamento de Maria Leopoldina de Áustria com o príncipe herdeiro Dom Pedro I, em 1817, que viveu na região de Barcelos por muitos anos (a 399 quilômetros de Manaus) e permaneceu na América do Sul por 18 anos, até 1835. “Viena já foi um dos centros de conhecimento da Amazônia, tinha, inclusive, um museu brasileiro que funcionou até 1840”, informou, ressaltando o sonho de expor no Amazonas parte da coleção lá existente.
A embaixadora destacou ainda que o Brasil tem um potencial natural para desenvolver ainda mais o turismo. E traçou um breve histórico da evolução do turismo na Áustria, que remonta os tours de saúde, de pessoas que buscavam os ares das regiões montanhosas para restabelecer a saúde e fugir do calor do verão; passando pelas estações de esportes radicais, como o esqui; até os dias atuais do turismo cultural e gastronômico. A diversificação de atrações, segundo a embaixadora, agrada um número maior de pessoas, que chega a 13 milhões de turistas por ano somente em Viena, enquanto no Brasil são 7 milhões em todo o país. “E será um grande prazer se pudermos ajudar nesse desenvolvimento do turismo brasileiro”, declarou.
