Deputado aponta: o traidor do PT tem que pedir para sair

Ex-presidente do Diretório Municipal do PT-Manaus, Vital da Costa Melo.
Ex-presidente do Diretório Municipal do PT-Manaus, Vital da Costa Melo.
Ex-presidente do Diretório Municipal do PT-Manaus, Vital da Costa Melo.

Por unanimidade, foi referendado na quarta-feira (19) a decisão da executiva municipal de afastar e levar o ex-presidente do diretório Municipal do PT-Manaus, Vital da Costa Melo, para a comissão de ética, proibi-lo de exercer qualquer atividade partidária, usar o nome do PT e sequer dizer que é ligado ao partido, em público.
“Através do seu estatuto o Partido dos Trabalhadores (PT) deve fazer valer as decisões definidas em todas as suas instâncias, que foi a de apoiar um determinado candidato ao governo, nessas eleições de 2014. De acordo com o estatuto do Partido, o filiado não pode apoiar outro candidato, que não seja do próprio Partido ou um que tenha sido escolhido pela direção partidária”. Esse foi o veredito dado pelo deputado estadual José Ricardo Wendling (PT), a respeito dos “traíras” desse processo eleitoral de 2014.
Wendling disse que no caso das eleições de 2014, houve a decisão de apoiar outra candidatura majoritária e se o filiado não queria acatar a decisão das instâncias do PT, não tinha problema nenhum, mas, também, não deveria ter apoiado outra candidatura que não a decidida pela direção nacional.


O caso mais grave foi o do ex-presidente do Diretório Municipal do PT, Vital da Costa Melo, que além de apoiar, defender e levantar bandeira dos candidatos contrários à orientação da direção nacional, injuriou, desrespeitou, desacatou todas as instâncias superior do PT e suas resoluções, além de tentar denegrir e desmoralizar as decisões partidárias estadual e nacional.

De acordo com o deputado, o estatuto prevê várias etapas de punição dos infiéis. Ele pode ser chamado atenção, ser advertido, afastado, expulso. Se o filiado não quer seguir a orientação do Partido, prefere outras candidaturas, então tem a liberdade de “pedir para sair”. Assim como tem a liberdade de entrar, tem a liberdade de sair. “Temos que dizer isso com clareza, para não ter que ficar julgando, punindo” avaliou.

Para o deputado, o PT é o melhor partido que temos no Brasil. Os outros partidos tem donos e, se um filiado decidir apoiar outra candidatura, que não a decidida pela direção, é expulso na hora. O PT tem estatuto, tem o debate, tem processos democráticos, oportunidades, por isso o PT é diferente.

A infidelidade do ex-presidente do Diretório Municipal, Vital da Costa Melo, vista por muitos como oportunismo de ocasião, se agrava por ter “traído a resolução das instâncias maiores do partido”. Outros filiados, que não apoiaram nem mesmo os candidatos do PT nessas eleições, trilham esse mesmo caminho. “Tem muita gente formando partido, tem muitos do PT que estão indo para outros partidos, partidos novos e antigos, então quem não quer estar no PT que saia numa boa e tudo mais”, apontou o caminho.

José Ricardo assevera, entretanto, que não dá para cada um fazer o seu próprio projeto dentro do PT. De acordo com ele, isso não ajuda o PT. Pode até ajudar um grupo ou outro, mas é solução momentânea, idêntica a briga por cargos. “O partido não foi destinado para isso, os cargos são uma consequência, não uma solução”, aponta. Na sua avaliação o partido existe para chegar ao poder, para governar estados e municípios. Esse foi o projeto nacional e é por isso que o PT está governando o País. Aqui no Amazonas, o PT deveria ter um projeto para governar o Estado e, cada um indo para o seu lado, não é o melhor caminho para essa construção.

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