
“Extremista inseguro, que ameaça Lula, tenta provar que pode continuar sendo um fascista agressivo”, escreve Moisés Mendes
O Brasil leva de 2023 para 2024 muitos dos seus paradoxos à espera de decifradores.
Esse é um deles: por que a violência cotidiana, principalmente contra as mulheres, não para de crescer, mesmo com os abalos sofridos pela base política e amoral da qual faz parte a maioria dos agressores?
Por que homens violentos quase sempre identificados com o bolsonarismo e o fascismo estão tão ativos quanto estiveram nos quatro anos de extrema direita no poder?
Uma tentativa de resposta: eles sobrevivem como agressores porque o macho bolsonarista ficou desorientado pela perda do poder político que avalizava suas falas e suas atitudes e não consegue puxar o freio, porque nem freio tem.
O “macho bolsonarista” dava como certa a vitória na eleição. Depois, já inseguro, apostou no golpe. Deu tudo errado e ele foi abandonado até por seus líderes.
Moisés Mendes é jornalista, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim). Foi editor especial e colunista de Zero hora, de Porto Alegre.