O primeiro bate-boca começou quando o senador petista Lindbergh Farias (RJ) pediu a palavra e atacou o democrata Ronaldo Caiado (GO), que lhe antecedeu. “Esse senador que me antecedeu é um desqualificado. O que fez com senadora Gleisi é de covardia impressionante, dizer que tentou aliciar testemunha”, bradou o petista.
Caiado respondeu fora dos microfones. Disse que Lindbergh tem mais de 30 processos no STF e “cracolândia em seu gabinete”. Como o tumulto continuou, o presidente do STF pediu que os microfones fossem desligados e a sessão suspensa por cinco minutos.
A sessão foi retomada com o apelo feito pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), que até agora não tinha se manifestado. O peemedebista começou pedindo para que os senadores reduzam as questões de ordem repetidas, mas esquentou o clima ao lembrar da declaração dessa quinta-feira, feita pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) que provocou o primeiro grande tumulto do dia.
“Esta sessão é uma demonstração de que a burrice é infinita. A senadora Gleisi chegou ao cúmulo de dizer que o Senado não tem condição moral de julgar a presidente”, afirmou.
Esquentando ainda mais o ambiente e provocando a reação imediata de petistas, Renan lembrou que Gleisi e o marido, o ex-ministro das Comunicações do governo Dilma, Paulo Bernardo foram indiciados por corrupção passiva na Operação Lava Jato. Os dois são acusados de receber propina de contratos oriundos da Petrobras.
Renan chegou a afirmar que o Senado estava passando para a sociedade uma imagem de que Lewandowski estava sendo, constitucionalmente, obrigado a “presidir um julgamento em um hospício” e que nenhum dos lados ganharia esta disputa baseada em bate boca político.(iG)
Um bando de bandidos e safados reunidos sem moral para julgar ninguem.