
Pelo menos 9 pessoas morreram e mais de 600 estão desaparecidas após um deslizamento de terra registrado em uma cidade nos arredores da capital da Guatemala, afirmaram nesta sexta-feira (2) as autoridades locais.
O incidente ocorreu por volta das 21h30 locais de ontem (o0h30 de sexta-feira em Brasília), em El Cambray II, a 22 quilômetros da capital, onde prosseguem os trabalhos de resgate, informou o secretário-executivo da Conred (Coordenação Nacional para a Redução de Desastres), Alejandro Maldonado.
Em entrevista coletiva, Maldonado afirmou que as vítimas fatais devem aumentar. Sobre a quantidade de desaparecidos, disse que os números ainda são “uma estimativa”.
Até o momento, as autoridades conseguiram resgatar com vida 34 pessoas. Outras 48 desabrigadas foram acolhidas e há 125 imóveis afetados pelo deslizamento.
A área danificada, de 169 metros, ocorreu devido a uma “combinação de fatores”, segundo Maldonado, como presença do rio Platanitos, a erosão da região e algumas “drenagens ilegais”.
O secretário-executivo da Conred pediu que a população não se aproxime do local do deslizamento e deixe que as equipes de resgate, com um total de 616 pessoas e 43 veículos, trabalhem livremente.
O presidente da Guatemala, Alejandro Maldonado, pai do titular da Conred, também participou da coletiva, acompanhado do ministro da Defesa, William Marsilla, e da coordenadora da ONU no país, Valerie Julliand.
O líder guatemalteco, que estava em uma cadeira de rodas devido a uma recente operação no joelho, chamou o deslizamento de “um fato infeliz” e afirmou que ele ocorreu por causa das fortes chuvas que tem caído no país nos últimos dias.
Além disso, o presidente agradeceu o trabalho desenvolvido por autoridades e voluntários, que desde o início atuaram “com muito afinco e esforço” para resgatar o maior número de pessoas com vida.
Inicialmente, a Conred declarou um alerta laranja, mas devido à magnitude da emergência, elevou para vermelha em nível municipal.
O ministro da Defesa disse que os trabalhos de busca e resgate seguirão 24 horas por dia porque há notícias de sobreviventes.
Julliand aproveitou a ocasião para disponibilizar a ajuda da ONU para as necessidades da Conred e do governo guatemalteco.(UOL/AP)