Os ônibus coletivos em Manaus devem sofre nova apreensão por falta de documentação e licenciamento atrasados ou, por falta de condições de uso, como: pneus carecas, vidros das janelas quebrados, falta de freios, além das péssimas condições dos assentos e equipamentos internos.
A informação é do diretor presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) Vinícius Diniz, que chamou os diretores do Sindicato dos Rodoviários, o presidente Givancir de Oliveira, o vereador Jaildo dos Rodoviários, além de confirmar o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), para apoiar a intensificação da fiscalização nos transportes de passageiros, próximos dias.
Apreensão
Na primeira apreensão, ocorrida no início do mês, foram presos 36 ônibus, depois do diretor presidente do Detran ter dado 10 dias de prazo para os empresários se regularizarem junto ao órgão de fiscalização do trânsito no Amazonas. Mas em vez de irem ao Detran o superintendente do SMTU (Superintendência Municipal de Transportes Urbanos), Cel. Ronaldo Brito, correu para a imprensa para se queixar das novas medidas adotadas pelo diretor Vinícius Dinis.
Resultado foi que o Detran respondeu com apreensões e deve continuar até que toda a frota de Ônibus esteja regularizada. Evidente, que ele conta com o apoio dos diretores do Sindicato dos Rodoviários e dos trabalhadores, os principais atingidos pela péssima qualidade dos equipamentos.
Proteção
O diretor do Detran disse que não entende a “proteção”, que era dada aos empresários dos transportes em Manaus, mas que isso acabou. “Eles pagam uma mixaria ao Detran. Não justifica os atrasos e a falta de regularização dos veículos”, destacou.
Um ônibus com capacidade para 30 passageiros, paga em média R$ 176,94 de taxas, R$ 210,14 de DPVAT e R$ 4.623,83 de IPVA. Ou seja, um valor próximo a de uma Picape 4×4 (nova). Ainda assim, algo em torno de 60% da frota está irregular junto ao Detran-AM.
Na opinião de Vinício Dinis, além da leniência dos empresários, o que mais pesa na falta de regularização dos transportes em Manaus é a conivência da prefeitura com o que existe de errado. “Porque a prefeitura não fiscaliza? Porque não exige a regularização dos ônibus? Porque não exige a renovação da frota? A manutenção dos veículos?”, questiona.
Para não dizerem que o diretor presidente do Detran está perseguindo os empresários dos transportes de passageiros, ele vai fazer fiscalizações por parte. Primeiro vai fiscalizar os transportes de carga, os transportes especiais, os “carrões” de classe A, todos para ver se estão com licenciamento atrasados.
Vinícius citou o caso de uma Mercedes Top de linha, que foi pega com documentação atrasada. Só de multas e taxas, foram cobrados do dono da Mercedes algo em torno de r$ 22 Mil. Outros casos semelhantes também serão fiscalizados.